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Tag: Vendas

O Brasileiro não sabe dizer NÃO

21 dezembro 2017

Esse padrão de comportamento aparece em Pesquisas e Estudos e se certifica na prática. Todo bom vendedor sabe do que estou falando. Todo indivíduo que inicia um projeto novo também sabe. Esse comportamento não escolhe nível de maturidade, proximidade pessoal ou qualquer atributo: em geral, o brasileiro tende a contemporizar ao invés de afirmar, categoricamente, que não se interessa por sua oferta ou ideia. Esse modelo de conduta traz diversas reflexões. Primeiro: não se iluda, de cara, com os (falsos) consentimos e sorrisinhos que recebe quando apresenta algum projeto a qualquer individuo (mesmo a amigos). Certifique-se de que existe real interesse por sua mensagem pesquisando e analisando outras perspectivas. Uma forma efetiva de checar se, realmente, o interesse é firme é combinando um prazo definitivo para um feedback sobre sua proposta. Se na data combinada, nada acontecer, você perceberá que foi alvo desse padrão. Não desista, mas fique ligado. Isso significa que você, quando confrontado com uma situação dessas, deve entender que não é nada pessoal. Simplesmente, as pessoas são assim e tem muita dificuldade em explicitar a verdade quando está em desacordo com sua visão. Não se trata de lhe desprezar, menosprezar ou algo do gênero. Trata-se de um padrão comportamental que, mesmo não concordando e buscando não segui-lo, faz parte da cultura do país. Contaminados por essa conduta, muitos se incomodam quando recebem um feedback negativo, direto em sua abordagem. Quando dou um retorno desses para alguém que está me vendendo algo sou muito sincero: Sempre fui vendedor e sou extremamente grato àqueles que me dão uma resposta assertiva, mesmo que negativa, ao invés de ficar me enrolando. Tenha em mente esse padrão. Não leve nada para o lado pessoal para não se abater mentalmente e “Segue o Jogo”. No final do dia, o que importa mesmo é atingir seu objetivo.

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Um modelo matador para realizar seu pitch de vendas

19 dezembro 2017

Ainda percebo uma dificuldade grande de empreendedores de startups de articularem como sua solução atende a um problema do mercado. Apesar de treinarem muito o pitch para investidores, tenho me deparado com empreendedores que não fizeram o mesmo esforço no pitch mais importante: o pitch para o comprador de sua solução. O passo básico inicial para articular essa narrativa é o de fazer um exercício essencial: colocar-se na cadeira do cliente. É necessário realizar um exercício prático fazendo seu discurso a uma pessoa totalmente leiga no assunto e verificar sua reação. Em cima dessa percepção, aprimore seu discurso até chegar a um modelo ideal testando-o com indivíduos que estejam no seu target. Sempre que tenho um projeto novo, exercito a argumentação básica de vendas (nome velho para o pitch) com minhas equipes realizando simulados práticos. A partir do momento que estão mapeados todos os obstáculos e chegamos a narrativa considerada ideal, agendo reuniões com clientes que ainda não são os mais atrativos. O objetivo ainda é validar o discurso. Ao final de cada reunião, faço um learning para entender o que funcionou e o que não funcionou. Para isso é necessário concentrar-se muito nas reações do clientes. Os momentos que você conseguiu despertar sua atenção, são aqueles em que deve se dedicar a enfatizar. Só agendo reuniões com os clientes de maior potencial quando estou convicto que a narrativa está redonda. A partir do momento que saem as primeiras vendas ou são geradas oportunidades efetivas de negócios, defino o modelo e acelero a repetição e aprimoramento do mesmo discurso. Periodicamente, realizo revisões seja individualmente ou com a equipe, quando for o caso, para aprimorar continuamente o processo. A excelência na prática vem com treinamento e muita repetição. Se é um empreendedor, lhe faço uma pergunta: você tem treinado seu pitch de vendas com a mesma intensidade que treina o seu para investidores? Essa resposta diz muito respeito a outro tema relevante: o esforço para buscar capital do investidor x aquele para buscar o capital do cliente. Esse último é o mais relevante de todos, mas esse é assunto para um próximo post.

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Como fugir da Guerra de Preços

30 novembro 2017

Não é de hoje que o inimigo número 1 de todo vendedor que atua com vendas para empresas (B2B) é o Comprador e o Departamento de Compras. Atualmente, raros são os produtos ou serviços que não passam pelo escrutínio do Comprador. Nesses casos, a pauta do relacionamento está clara: pressão total para diminuição do preço. Sobram reclamações e lamúrias por parte de vendedores desolados com a impossibilidade de criar valor a seus clientes. No entanto, lamentos não resolvem a vida de ninguém. É necessário desenvolver estratégias propositivas visando fugir da armadilha do preço. O primeiro passo é entender a dinâmica desse processo. A estratégia de centralizar o processo de concretização do negócio nas mãos do comprador tem um efeito bastante claro, mas pouco enunciado por todos: segrega-se quem cobra valor de quem compra preço. Explico: normalmente, o agente que tem o foco no valor da oferta apresentada é o especificador ou usuário da solução. Em geral, é o indivíduo ou departamento que “sente a dor” e, dessa forma, maior interessado em ter o fornecedor mais qualificado do mundo. O atributo preço, via de regra nessas situações, não é sua preocupação prioritária. Não que ele não seja relevante, porém não é o 1o item da pauta. A agenda do Comprador é exatamente oposta: sua maior preocupação é o preço e seu foco está centrado em obter o maior desconto possível. Em geral, a qualidade do fornecedor é dado secundário, pois essa é a atribuição do especificador do processo. Está, então, fechada a equação: quem compra valor não é a mesma pessoa que concretiza o negócio que, por sua vez, tende a “comprar preço”. Por esse motivo, salvo exceções, as tentativas de mostrar o valor da oferta ao Comprador são pouco efetivas já que esse agente tende a ignorar essas abordagens, pois não estão em sua pauta proprietária. Então, não há saída? É necessário desistir de vender valor? 

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Uma empresa só existe se for capaz de atrair e reter clientes

29 outubro 2013

Essa sentença, de uma obviedade gritante, foi proferida por Peter Drucker, o maior pensador da gestão de todos os tempos, há mais de 4 décadas. Qualquer estudante universitário de administração irá concordar com ela e todos os gestores, sem exceção, seguem pelo mesmo caminho. Dessa forma, é plausível supor que as empresas se organizam pautadas por essa visão desenvolvendo mecanismos orientados a atrair e reter seus melhores clientes, correto? Ledo engano. Minha experiência no relacionamento com inúmeros gestores, empreendedores, vendedores mostra que esse é um preceito de difícil assimilação. Explico o porquê.

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Como é complexo ser simples!

26 outubro 2013

As coisas mais simples na vida são as mais belas: o sorriso de uma criança, o pôr do sol, uma revoada de pássaros e assim por diante. Nos negócios não é diferente. Uma das maiores ambições que um executivo pode ter é pautar suas ações pela simplicidade. Não me refiro aqui a ser simplório, reduzindo as coisas a uma visão simplista, mas sim a complexidade extrema de ser profundamente simples. Foi essa pauta que sempre orientou ações de líderes vencedores no Brasil e no mundo como Samuel Klein nas Casas Bahia, Sam Walton no WalMart ou o lendário Peter Drucker entre tantos outros. O problema é que muitas vezes confundimos profundidade com complicação. Nossos clientes buscam soluções adequadas às suas necessidades. Isso não significa que essas soluções devam ser complexas e difíceis de serem decifradas. A complexidade, na realidade, reside no processo de desenvolver as proposições de valor ao cliente e não, necessariamente, na proposição em si. O segredo está em transformar uma solução complexa em algo simples, facilmente percebido.

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