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Tag: Uber

Quem percebeu um bonequinho novo no canto inferior do Waze?

07 junho 2018

Se você me acompanha há algum tempo, certamente, irá se recordar quando comentei do duelo de Titãs que estava prestes a começar com o Waze competindo com o Uber. Veja esse artigo quando explorei esse tema. Pois chegou a hora no Brasil. Já percebeu o bonequinho que está aparecendo no canto inferior da tela do Waze? Pois é o projeto que organiza viagens compartilhadas, as nossas populares caronas. Assim, de leve, como quem não quer nada, o Waze começa a validar um novo modelo de negócios, gratuito no começo, que irá levar a uma competição interessante, que já rola em todo o mundo, com o Uber e todos aplicativos móveis de motoristas. O app do Google, que tem cerca de 4 milhões de usuários no Brasil, chega com força. É bom o pessoal do Uber, 99 e afins colocar as barbas de molho que o bicho vai pegar. Lembra daquela frase que é quase um mantra para mim? What business are you in? #gestãodoamanhã

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O Uber, as Bikes e a revolução na matriz de mobilidade urbana…

18 abril 2018

O Uber informou ao mercado que deve adquirir a Jump Bike, startup que atua com compartilhamento de bikes nos Estados Unidos. O movimento fortalece o posicionamento da organização como protagonista importante em toda matriz de mobilidade urbana global. Coincidentemente, o comunicado acontece na mesma semana que dois dos fundadores originais da 99 Táxi no Brasil se unem a mais um empreendedor e lançam a startup Yellow com proposta similar a Jump: compartilhamento de bikes. O projeto está previsto para estar ativo a partir de julho desse ano com 20.000 bicicletas sendo oferecidas na cidade de São Paulo. Estes projetos trazem consigo uma inovação, em relação as iniciativas originais do setor, que só é possível graças a tecnologia: não há nenhuma estação fixa para retirar ou devolver as bikes. Por meio do celular, o usuário poderá identificar onde está o equipamento mais próximo e devolvê-lo em qualquer lugar já que os produtos estão equipados com sensores de localização. A mobilidade atingida com esse novo mecanismo fará toda diferença do mundo na experiência do consumidor. Não é a toa toda essa movimentação na busca pela consolidação desse novo modelo de negócios. Na China, o compartilhamento de bikes já é uma realidade. Existem mais de 400 milhões de contas nos serviços dessa natureza (não se assuste, pois há uma sobreposição de usuários que usam mais de um serviço. De qualquer forma, o número é gigante). Estima-se que existam mais de 16 milhões de equipamentos destinados a esse fim. Todos estão de olho no imenso mercado de mobilidade urbana mundial e seus profundos reflexos junto ao comportamento dos indivíduos. Me recordo de uma frase de Travis Kalanick, fundador do Uber, que inserimos no livro “Gestão do Amanhã”: – Não estamos de olho nos bilhões da Indústria Automotiva. Nosso foco são os trilhões da matriz de mobilidade urbana mundial. E finaliza: – Onde houver algo se mova, o Uber deseja ser um protagonista. Dessa reflexão estratégica da organização já houve derivações como o Uber Eats, além de outras em curso como a parceria com a Embraer no projeto de desenvolvimento dos veículos aéreos individuais, por exemplo. É importante que você saiba que esse movimento não impacta apenas os players tradicionais do setor de transporte e mobilidade. Como envolve um comportamento rotineiro de bilhões de cidadãos, seus efeitos são profundos e abrangentes para toda sociedade. Só para citar algumas possíveis influências em outros setores que não o de transporte: Considere que quanto mais trabalhadores utilizarem bikes para seu transporte, maior será o impacto em como se vestem. Os tradicionais sapatos darão espaço a outros calçados mais confortáveis e práticos. Aliás, isso já está acontecendo. Tive um encontro com Jorge Paulo Lemann que comentou, com entusiasmo, do tênis que estava usando. Segundo ele, se trata do produto mais leve que existe e era muito confortável. O homem mais rico do Brasil não se importou de utilizar confortáveis tênis em detrimento dos clássicos sapatos. A comodidade venceu a tradição. Há impactos também no tradicional setor imobiliário. As vias conectadas com ciclovias tendem a ser valorizadas e abrem espaço para produtos bem específicos como co-workings, empreendimentos mistos que aliam imóveis comerciais com residenciais e toda sorte de projetos que “conversam” com esse novo público. Meu objetivo aqui não é mapear todas as possibilidades advindas de mais essa transformação. O que quero é lhe alertar que essa evolução está mais viva do que nunca e influencia a tudo e todos sem exceção. É óbvio que nem tudo são flores. O próprio exemplo do compartilhamento de bikes na China mostra os desafios dessa nova realidade. Startups com projetos similares já quebraram. Multiplicam-se imagens de bicicletas abandonadas nas ruas de cidades chinesas. O impacto é tal que tem gerado discussões acaloradas sobre o que fazer com esses equipamentos que se transformarão em sucata. A transformação, no entanto, é inevitável, sua velocidade é crescente e vem de todos os lados. Um dos principais concorrentes do Uber, a Lyft está testando, por exemplo, um modelo de assinaturas no estilo Netflix. Ou seja, o cliente paga um valor mensal e tem acesso a usar, indiscriminadamente, o serviços de transporte do aplicativo. Ninguém está parado. O movimento é constante. É óbvio que existem dúvidas sobre o êxito desses novos modelos de negócios e projetos. É óbvio e natural já que se tratam de startups em um mercado em transformação. O fato concreto, no entanto, é que existe uma urgência premente na adaptação a esse novo mundo, independentemente de seu setor de atuação, idade, região geográfica ou qualquer outro atributo. Andy Grove, lendário presidente da Intel e um dos principais líderes corporativos da história cunhou um termo na década de 90 que se transformou no título de seu bestseller: Só os paranoicos sobrevivem. Essa visão está mais moderna e atual do que nunca. E você? Está atento ao movimento? Nunca é tarde para tirar a diferença. Acorda, pois não temos tempo a perder.

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Uber, Embraer e o Encontro de Gerações

14 março 2018

Há um movimento nada silencioso que ganhou destaque na edição do SXSW desse ano e que tem como protagonistas empresas como Uber e Google. Enquanto, muitos ainda não se atentaram aos impactos dos carros autodirigidos, já está programado para 2020 os primeiros testes dos veículos aéreos para transporte individual Olha os Jetsons aí, novamente!! Essa notícia não é nova. No “Gestão do Amanhã” obra que escrevi com José Salibi Neto e que já está disponível à venda, já mencionamos esse caso dando ênfase para uma parceria pouco convencional entre Uber e Embraer. Não é a única parceria do Uber com empresas aéreas que está investindo em aproximações desse tipo pelo mundo para viabilizar esse projeto revolucionário. O que quero chamar atenção é para uma tese que chamo de “encontro das gerações”. Minha visão, e nossas pesquisas corroboram essa tese, é que um dos caminhos virtuosos para o desenvolvimento de soluções inovadoras é aliar o conhecimento e experiência das companhias tradicionais com a volúpia e pensamento disruptivos  das novas organizações. A mistura desses dois conhecimentos tem um potencial explosivo e não se restringe às empresas. Deve ser adotado por líderes tradicionais e novos. Afinal, as mentorias são um dos movimentos mais impactantes de todo processo de evolução das startups e seus líderes. Para viabilizar esse encontro é mandatório que as partes exercitem muita humildade para que a abertura necessária em todo processo se viabilize e ambos substituam a inflexibilidade do “sabe tudo” pela flexibilidade da convicção que “está tudo em aberto”. O tema é abrangente e tem muitos desdobramentos apresentados no livro, porém reforço essa referência: unir o tradicional ao novo é um dos movimentos mais promissores na construção de novos modelos mais adaptados aos tempos atuais e para isso é requerida muita abertura e humildade. Que venham outras parcerias como essa!!

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