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Tag: Inteligência Artificial

As empresas de diagnóstico competindo com o Google

13 março 2018

A tecnologia subverte a lógica estabelecida há décadas no mercado corporativo influenciando os pilares fundamentais que, até então, orientaram o pensamento estratégico. Para ilustrar essa lógica, veja essa notícia publicada no Meios: O Google descobriu como avaliar o risco de doença cardíaca de uma pessoa olhando nos olhos dela. Com inteligência artificial, o software da empresa escaneia a parte de trás do olho do paciente e é capaz de deduzir com precisão dados como sua idade, pressão arterial e se ele fuma ou não. Um dos principais conceitos estratégicos foi elaborado por Michael Porter com suas forças competitivas. Uma das bases do conceito reside nos Grupos Estratégicos que, em síntese, representa o universo das organizações que, pelo seu posicionamento, competem por mercados similares. O Grupo Estratégico dos carros básicos, por exemplo. Segundo essa tese, um dos principais focos de qualquer estrategista é estar atento aos movimentos das organizações que fazem parte de seu Grupo Estratégico e criar barreiras de entrada de modo a dificultar sua mobilidade e obtenção de vantagem competitiva. A pergunta que fica com o exemplo acima: com quem concorre o Google? E as empresas de diagnóstico? Se as empresas do setor de saúde ficarem apenas analisando os movimentos de seu setor, conseguirão competir com novos concorrentes como o Google? Aliás, o modelo do Porter dá conta de movimentos de organizações de outros setores quando cita as ameaças de novos entrantes, porém, ainda nessa frente, os movimentos de outrora eram muito mais previsíveis do que os atuais. Nada na história se assemelha ao que está acontecendo atualmente. As fronteiras entre os negócios estão sendo evaporadas pela tecnologia. Organizações e líderes que não entenderem essa lógica e continuarem aferrados a um raciocínio inflexível correm sérios riscos já que a ameaça pode vir de onde menos se espera e as consequências serão dramáticas. Afinal, que tal um Google fungando no seu cangote?

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A última Temporada do Game of Thrones já foi escrita. E não foi por um ser humano

17 janeiro 2018

Uma das minhas maiores frustrações em 2018 é saber que não poderei assistir a oitava e última temporada da série “Game of Thrones”. George Martin não dá conta da demanda e, ao que tudo indica, só conseguiremos acompanhar o desfecho de um dos maiores fenômenos da história do entretenimento em 2019. Pois Zack Thoutt, engenheiro de softwares americano, encontrou uma solução para ansiosos como eu e, por meio de redes neurais, desenvolveu um algoritmo que, alimentado por tudo que foi realizado sobre a série até agora, já produziu 5 capítulos da 8ª e última temporada da saga de Westeros. Se você ainda desconfia do alcance e impacto que a Inteligência Artificial está gerando no mundo, aconselho ficar atento e estudar com mais profundidade o fenômeno. O caso de “Game of Thrones” é só um exemplo do que está por vir. A onipresença da tecnologia não é uma utopia futurista. Está cada vez mais se evidenciando aqui e agora. Existem, no entanto, reflexões importantes que devem ser estimuladas acerca desse movimento. São inúmeras, mas quero me concentrar nesse artigo em uma que me instiga diariamente. Influenciado por essa experiência e outras similares que emergem diariamente, muitas vezes, somos instados a acreditar que os algoritmos são capazes de predizer tudo. Mas será que isso é uma verdade incondicional? Hummm…desconfio que não. Para não perdermos o fio da meada, vou continuar essa análise no mesmo contexto da série da HBO: entretenimento. Em 2017, Robert Downey Júnior foi convidado para estrelar o Homem de Ferro, primeira empreitada 100% da Marvel no cinema. O ator, que em seu auge concorreu ao Oscar por sua interpretação em Chaplin, não estava em boa fase e era mais conhecido na época por sua luta contra as drogas do que por atuações memoráveis. O convite era inusitado, pois filmes de super-heróis não estavam em evidência na época.  Diz à lenda que o ator relutou, porém aceitou participar desde que tivesse uma participação na receita gerada pelo projeto. O resto é história. Homem de Ferro foi um sucesso absoluto e faturou, apenas no primeiro dia de exibição, mais de U$ 30 milhões transformando-se em uma das franquias mais bem sucedidas da cinematografia mundial e o ator num dos maiores milionários de Hollywood. Só nos Estados Unidos o filme faturou mais de U$ 300 milhões. Mais representativo do que o sucesso inicial do filme de estreia, no entanto, foi o que veio a seguir. Homem de Ferro abriu a picada para a avalanche de filmes de super-heróis que assolou as telonas de forma avassaladora. Estima-se que em 2017, de cada 10 ingressos vendidos no ano em todo o mundo, 6 são de filmes sobre o tema. Esse gênero tem sido tão cultuado que especialistas calculam que, durante os 365 dias de um ano, apenas 4 ficam sem filmes desse tipo no ar. Incrível, não é? Será que um algoritmo teria conseguido prever todo esse êxito por meio de suas redes neurais e montanha de dados? Será que uma máquina teria a mesma intuição e percepção que tiveram os líderes da Marvel que, devido ao sucesso dessa visão, cresceu exponencialmente e foi vendida a Disney por cerca de U$ 4 bilhões? Especialistas são categóricos ao afirmar que chegará um ponto onde as máquinas conseguirão prever com exatidão tendências e perspectivas como essa. Confesso a você que tenho minhas dúvidas. E vou além: está claro que hoje isso não é possível. Existem limitações importantes na execução de atividades realizadas por máquinas e, nesse contexto, emergem oportunidades expressivas para indivíduos que conseguem se integrar as possibilidades provenientes da maior capacidade de processamento de informações geradas pela tecnologia atualmente. Os sistemas ainda não são infalíveis (e tenho dúvidas se um dia serão). Minha visão é que em um curto espaço de tempo teremos mais oportunidades do que ameaças no que se refere à substituição do homem pelas máquinas. Esse movimento não será homogêneo. Atividades humanas repetitivas, rotineiras já estão sendo aniquiladas. Aquelas que envolvem mais capacidade cognitiva, por mais paradoxal que possa parecer, geram alternativas poderosas de inserção de indivíduos que conseguem utilizar a tecnologia a seu favor. Estou convencido que estamos em uma Era de intensas oportunidades e alternativas de ação. O ser humano tem condições de protagonizar essa transformação e construir valor como nunca com sua ação. Para isso, é necessário romper as fronteiras que lhe distanciam da evolução tecnológica e entrar de cabeça nesse universo refletindo sobre todas as perspectivas que ele traz. Por mais que clichê que possa ser essa frase ela continua imbatível: em um ambiente em transformação, emergem oportunidades incríveis. É necessário estar preparado para aproveitá-las.   Ah, a oitava temporada do “Game of Thrones” de autoria do algoritmo apresenta algumas falhas grotescas como o fato do Ned Stark não ter morrido. Ainda prefiro o bom e velho George Martin mesmo que tenha de aguardar um pouco mais para os próximos capítulos. The Winner is coming! Será?

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