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Tag: Inovação

O Amanhã é Hoje!!

12 setembro 2018

Como sempre digo, o “Amanhã” do título do “Gestão do Amanhã” funciona como uma metáfora. Essa foto é de um dos 7 caminhões autônomos da Vale . São veículos sem motoristas que operam em suas minas. Segundo matéria publicada no Estadão, a mina de Brucutu em MG é operada toda por veículos autônomos e, em um mês, houve um ganho de 26% no volume de minérios transportados. Ainda encontro indivíduos que , de forma tácita ou maquiada, demonstram incredulidade quanto aos impactos das mudanças tecnológicas em suas vidas. Abra os olhos. As mudanças estão acontecendo aqui e agora e quem não conseguir se adaptar as transformações ficará pelo caminho. Você já pensou nos impactos de um movimento como esse da Vale? E os profissionais que não se qualificaram? E as oportunidades advindas desse processo? E as perspectivas quanto a disseminação dessa tecnologia quando seu custo diminuir? Aparentemente, um movimento que nada diz respeito a você, tem tudo a ver com você, pois se espalha por toda economia. E no seu negócio? Quais são as transformações que já estão acontecendo? Como você está se preparando para aproveitá-las? Se existe uma prioridade na sua vida, modestamente, sugiro que seja essa: refletir e agir para se preparar para o novo. Afinal, o amanhã é hoje

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Como o mundo mudou desde a Copa de 82!!

02 julho 2018

Minha Copa do Mundo foi a de 82. A seleção de Telê Santana me encantou e eu, que já era um torcedor fanático, ficava extasiado na frente da minha Telefunken com seletor de canais giratório. Me recordo pouco da Copa de 78, mas, para mim, a de 82 foi a primeira Copa colorida que pude assistir. As outras foram em preto e branco mesmo com bombril na antena para sintonizar melhor os canais. Pirei quando surgiram os vídeos cassetes. Com a explosão das Locadoras enlouqueci com VHSs do Chuck Norris, Charles Bronson e toda sorte de filmes que não tinha ideia que existiam como “Duro de Matar”, “Bradock” dentre outras pérolas de cinematografia mundial. Quando comprei meu vídeo cassete da Panasonic com 4 cabeças foi a glória. Aliás, ele ficava ao lado de meu 3 em 1 da CCE. Assistir ao filme que eu desejava, no momento que eu quisesse e em casa era algo tão distante quando viajar para Marte (ops!). Quando conheci a Blockbuster enlouqueci. O que era aquilo!!! Um parque de diversões com centenas de títulos a minha disposição. Não precisava mais reservar o filme que eu desejava na Locadora e ficar aguardando semanas até que ele estivesse disponível. Estava tudo lá. A Blockbuster disruptou (ops!) o mercado de entretenimento gerando uma experiência ao cliente em suas lojas inédita. A cidade de Santos foi uma das primeiras praças que a TV a cabo chegou. Me recordo que estava em férias quando fiz minha 1a assinatura e simplesmente não entendi como era possível ter acesso a tantos canais. Fiquei dias sem sair de casa me deliciando com tantas opções. Caraca, eu era feliz com minhas 5 emissoras preferidas, agora então… E a surpresa quando me apresentaram o ICQ. O e-mail já havia sido uma revolução, porém poder falar em tempo real com pessoas que estavam a quilômetros de distância era demais. Que inovação espetacular!! Trabalhava na Folha de S.Paulo e me recordo que parecíamos crianças ao conversar em 4 pessoas ao mesmo tempo. A conexão discada via cabo não ajudava muito, mas quem estava preocupado com isso perante as novas possibilidades? Não custava nada aguardar alguns minutos para se conectar a internet por meio de provedores como IG ou Terra. Agora, a revolução que aconteceu quando eu atuava na Folha de S.Paulo foi quando eu recebi meu 1o celular. Inesquecível! O Teletrim já havia facilitado tremendamente a comunicação já que eu era “bipado” com mensagens quando alguém necessitava falar comigo não necessitando aguardar meu retorno ao escritório para pegar os recados com minha assistente. A possibilidade de conversar com alguém em viva voz com o telefone móvel, porém teve um efeito impressionante. As ligações ainda eram muito caras. Para ter uma linha era necessário pegar uma fila gigante até chegar sua vez. Comprar uma linha oficial levava mais de ano. Havia o mercado paralelo, mas daí o valor era altíssimo. De qualquer forma, a possibilidade de ter o celular já foi algo mágico. O aparelho era meio grande, os famosos “tijolões”, mas dávamos um jeito como pendurá-lo na cintura, por exemplo. A estética não era tão boa, porém era muito funcional. Tudo ficou ainda mais incrível quando tive meu 1o Startarc da Motorola. O celular cabia no bolso!!! Inacreditável!! Já era mais fácil ter uma linha e os celulares invadiram, definitivamente, a sociedade. Quando puder comprar um Blackberry a casa caiu! Nem em meus sonhos mais futuristas eu poderia imagina acessar os e-mails pelo celular. Abandonei meu PalmPilot onde organizava minha agenda e tarefas e reuni tudo em meu novo aparelho. O Blackberry foi um dos maiores fenômenos mundiais invadindo o mercado corporativo sem pedir licença. Inaugurou a era de multifuncionalidade dos celulares. Depois vieram os smartphones, a democratização do acesso a internet com a banda larga, as redes sociais, plataformas de streaming etc, etc, etc… Toda essa memória nostálgica foi despertada devido a Copa do Mundo. Mais precisamente quando me vi em um Restaurante sozinho no horário do almoço assistindo, no meu smartphone, a abertura da Copa. Aliás, eu não era o único no recinto com fone de ouvidos vibrando com os gols da Rússia. Mais adiante quando peguei o ônibus mais pessoas assistindo aos jogos da Copa. Fenômeno que se repetiu no trem, no shopping, ao aguardar ser atendido em uma reunião e muitos outros espaços. Automaticamente, fui remetido aos meus 11 anos de idade com a Copa de 82. Que revolução!! Quem diria que um dia eu teria a possibilidade de assistir ao que desejasse ao vivo de um aparelho celular? Até jogo ao vivo no avião já assisti….Que loucura. Note que, em poucos parágrafos, descrevi uma saga de cerca 35 anos. Estou certo que, se você é da minha geração, se identificou com muitas dessas referências históricas que fizeram parte da minha vida. O que talvez você não tenha se dado conta é que toda essa mudança de comportamento resultou na substituição de fornecedores preferenciais. Empresas líderes, marcas icônicas ficaram pelo caminho. Citei apenas algumas ao longo dessa narrativa, mas existem inúmeras na mesma situação. É só puxar pela memória. Outras organizações surgiram e continuam surgindo ocupando um espaço inimaginável no passado. Essas organizações proporcionaram uma nova forma de se relacionar com o mundo e, como consequência, tornaram líderes de outrora irrelevantes. Uma questão que me instiga e provoca é saber quais são os próximos passos? 35 anos é muito pouco tempo em termos históricos, porém a velocidade das mudanças atualmente é muito superior e os ciclos mais curtos. Quanto tempo levará para as líderes da nova Era serem substituídas como foram a Motorola, a Blockbuster, a RIM, a Palm só para citar algumas das minhas narrativas? Google, Amazon, Netflix dentre outras terão o mesmo destino das empresas que detonaram ou encontrarão formas de manter e fortalecer sua hegemonia? Quem serão os próximos Wazes, Spotifys, Ubers, Airbnb do futuro? Muitas questões, não é? Aliás, uma das características dessa nova sociedade é que temos muito mais perguntas do que respostas. Essa dinâmica gera certa

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Você sabe qual é a maior ameaça para os Bancos na atualidade?

25 junho 2018

Há algum tempo escrevi um artigo onde posicionava uma mudança importante no pensamento estratégico tradicional acerca dos tradicionais Grupos Estratégicos de Michael Porter. Minha tese é que, com a diluição das barreiras entre setores, esse pensamento inflexível ficou obsoleto. Utilizei como exemplo o caso do Google entrando no setor de Saúde com soluções tecnológicas que facilitam o diagnóstico de algumas doenças. Essa semana foi publicado o Relatório Econômico Anual do BIS (Banco de Compensações Internacionais) que traz mais uma evidência desse arranjo. O órgão aponta que a principal ameaça para os players do setor são os gigantes de tecnologia. Ele não está se referindo apenas as Fintechs e sim a organizações como Google, Apple e Facebook que já demonstram interesse pelo setor. No centro dessa visão está a convicção sobre o volume de informações que as novas organizações detém sobre um universo astronômico de indivíduos. Esse movimento me gera alguns insigths. Sob a ótica da oportunidade: um mercado secular composto por players tradicionais e hegemônicos está em aberto. Quando poderíamos imaginar que as grandes e sisudas empresas do setor seriam ameaçadas por empresas que até poucos anos eram “empresas de garagem”. As oportunidades estão postas e continuarão a existir para quem se apropriar adequadamente desse espaço não importa o porte ou estágio do novo entrante. Sob a ótica da ameaça: Aqui entra a nova visão dos Grupos Estratégicos, pois é um risco ficar mirando seu negócio tendo como referência apenas os players tradicionais do setor. Atualmente, vem chumbo grosso de todo canto e se você não estiver atento a uma perspectiva estratégica mais abrangente, quando perceber o risco pode ser tarde demais. Além dessas duas visões mercadológicas, tenho outra de fundo mais social. Mais uma vez chamo a atenção sobre o poder que as gigantes da tecnologia estão concentrando. O tanto de informações e dados que essas organizações concentram de indivíduos faz com que seja possível, praticamente, tudo. Como sociedade, estamos preparados para lidar com esse novo contexto? Como alinhar a visão desenvolvimentista de livre mercado com a tendência de formação de mega monopólios? E a reflexão que não me sai da cabeça: como compatibilizar inovação tecnológica com esse risco? Estão aí “apenas” algumas reflexões que sugiro nos debruçamos para, tanto no aspecto mercadológico, quanto no social, possamos pensar novas soluções para um novo mundo. Não tenho as respostas, mas as perguntas me inquietam… #gestãodoamanhã

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O novo modelo de segurança pública

14 maio 2018

Ninguém tem dúvidas que um dos temas mais relevantes para a evolução e proteção da sociedade atualmente seja a questão da segurança pública. As soluções divulgadas pelos Governos obedecem a um receituário já conhecido: mais recursos, policiamento ostensivo e toda sorte de ações já conhecidas e desacreditadas. Por trás da ineficiência de todas as ações, além da incompetência generalizada de nossos governantes,  inaptos em fazer o básico, reside uma perspectiva essencial pouco reconhecida e discutida pelo público em geral: o desafio óbvio da incapacidade da gestão é fruto de uma sociedade em transformação onde as receitas tradicionais já não trazem os mesmos resultados. A tecnologia tem transformado de forma marcante a sociedade e os negócios em geral. Nossos governantes – da mesma forma que muitos líderes corporativos – não têm parca ideia do potencial e possibilidades geradas nesse novo ambiente. Os casos de adoção tecnológica com sucesso em todo mundo mostram todo potencial – e os desafios – de aliar modelos tradicionais de intervenção com novas soluções. Uma das startups mais valiosas do mundo, atualmente, é a Palantir, que não é tão conhecida por essas bandas. Fundada em 2004 por Peter Thiel, cofundador do PayPal, a empresa foi criada com a missão de prevenir ações terroristas nos Estados Unidos por meio da integração de diversas bases de dados que geram informações que contribuem para desvendar conexões criminosas. A empresa é fruto das reflexões pós-atentado de 11 de setembro de 2001. Com o tempo, seu foco migrou para a segurança pública e seus principais clientes, atualmente, são a CIA (Agência de Segurança Americana que também é investidora indireta do negócio por meio de um de seus fundos de investimento), o FBI, o Corpo de Fuzileiros Navais, a Força Aérea dentre outros órgãos públicos americanos. A efetividade da ação de identificação de crimes e criminosos por meio do cruzamento de informações provenientes de diversas bases de dados, sobretudo as financeiras, é evidente. Com o nível de informatização atual é inexequível não rastrear a esmagadora maioria dos recursos provenientes de atos ilícitos como os provenientes de tráfico de drogas, roubos, crimes de colarinho branco, desvios e outras contravenções. Como não poderia ser diferente, a maior parte dos milhares de colaboradores da startup, que tem valor de mercado de cerca de U$ 20 bilhões, são cientistas de dados, engenheiros e profissionais que dominam tecnologia. Esse conhecimento está integrado àqueles tradicionais oriundos da segurança pública e, juntos, formam um novo repositório de conhecimento aplicado à missão de prevenir e identificar crimes. Não é só de soluções sofisticadas, disruptivas, no entanto, que esse universo tem prosperado. Aqui no Brasil, iniciativas simples que envolvem o uso de tecnologia tem gerado resultados expressivos. A Secretária da Segurança Pública de São Paulo reportou que em 2017 a taxa de recuperação de veículos no centro expandido da cidade foi de 87%. Um dos principais motivos desse resultado foi à implantação do Detecta em 2015 (o outro foi à promulgação da nova Lei dos Desmanches). O Detecta é um sistema de rastreamento de placas de automóveis realizado junto aos radares de trânsito. Por meio do cruzamento de dados, o sistema já é notificado do carro roubado e envia essa informação ao conjunto de radares que, ao identificar a placa desses automóveis, informa os órgãos competentes que partem em busca de sua recuperação. Uma solução simples de cruzamento de dados permite um resultado extraordinário. Outros projetos já em implantação em cidades do litoral de São Paulo utilizam outra tecnologia que tem potencial de transformar a segurança pública e privada: a internet das coisas. As mais recentes Parcerias Público Privadas (PPP) de implantação de redes de energia pública em alguns municípios de São Paulo já contemplam em seus editais a utilização de sensores de áudio junto aos sistemas de iluminação que capturam sons relacionados a crimes como tiros e notificam as centrais policiais instantaneamente. Com isso, a identificação de possíveis atos criminosos acontece em tempo real gerando mais assertividade para as equipes de campo. Exemplos como esse se multiplicam e mostram que é mandatório que seja realizado um esforço estratégico na integração da tecnologia com os tradicionais modelos de gestão de segurança pública. A questão que assusta é: será que os líderes públicos no Brasil têm a visão da relevância desse tema? Ou ainda pior: será que temos, nos quadros estatais, profissionais habilitados para realizar essa tarefa? Para a execução com êxito de um projeto que integra a tecnologia ao modelo tradicional de segurança, é requerido o desenvolvimento de conhecimento multidisciplinar que envolva as diversas frentes de expertise. No caso, é o alinhamento do repertório clássico sobre segurança e tudo que ele envolve com o domínio de novas soluções tecnológicas. Arrisco a afirmar que aqui está localizado um dos principais nós a ser desatado para recuperarmos, pelo menos um pouco, da sensação de estabilidade e segurança em nosso país. Para apimentar ainda mais essa reflexão, existem os riscos provenientes da subestimação da evolução da gestão das informações em uma sociedade cada vez mais conectada. Basta vermos a polêmica em torno do vazamento de informações do Facebook que atinge nossa realidade local. A badalada Palantir esteve, recentemente, sob os holofotes da mídia e dos órgãos de regulação americano por sua controversa relação com a prefeitura de New Orleans que não divulgou um acordo que vigorava desde 2012 para a implantação de um sistema de policiamento preditivo na cidade. A comparação com o filme Minority Report não é mera coincidência. As controvérsias a respeito das consequências dessa ação também não são. Até mesmo a bem sucedida ação da polícia paulistana não sai ilesa dessa reflexão. O roubo de carros diminuiu no centro expandido de São Paulo, porém migrou para a periferia. Se não houver uma ação orquestrada que envolva todos os agentes envolvidos, a tendência é que aconteça um avanço ainda maior do crime nas áreas menos favorecidas. Soluções pontuais não resolverão o problema. A sociedade passa por uma transformação intensa que impacta todos os seus agentes. Ninguém e nenhuma instância estão ilesos de

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O Uber, as Bikes e a revolução na matriz de mobilidade urbana…

18 abril 2018

O Uber informou ao mercado que deve adquirir a Jump Bike, startup que atua com compartilhamento de bikes nos Estados Unidos. O movimento fortalece o posicionamento da organização como protagonista importante em toda matriz de mobilidade urbana global. Coincidentemente, o comunicado acontece na mesma semana que dois dos fundadores originais da 99 Táxi no Brasil se unem a mais um empreendedor e lançam a startup Yellow com proposta similar a Jump: compartilhamento de bikes. O projeto está previsto para estar ativo a partir de julho desse ano com 20.000 bicicletas sendo oferecidas na cidade de São Paulo. Estes projetos trazem consigo uma inovação, em relação as iniciativas originais do setor, que só é possível graças a tecnologia: não há nenhuma estação fixa para retirar ou devolver as bikes. Por meio do celular, o usuário poderá identificar onde está o equipamento mais próximo e devolvê-lo em qualquer lugar já que os produtos estão equipados com sensores de localização. A mobilidade atingida com esse novo mecanismo fará toda diferença do mundo na experiência do consumidor. Não é a toa toda essa movimentação na busca pela consolidação desse novo modelo de negócios. Na China, o compartilhamento de bikes já é uma realidade. Existem mais de 400 milhões de contas nos serviços dessa natureza (não se assuste, pois há uma sobreposição de usuários que usam mais de um serviço. De qualquer forma, o número é gigante). Estima-se que existam mais de 16 milhões de equipamentos destinados a esse fim. Todos estão de olho no imenso mercado de mobilidade urbana mundial e seus profundos reflexos junto ao comportamento dos indivíduos. Me recordo de uma frase de Travis Kalanick, fundador do Uber, que inserimos no livro “Gestão do Amanhã”: – Não estamos de olho nos bilhões da Indústria Automotiva. Nosso foco são os trilhões da matriz de mobilidade urbana mundial. E finaliza: – Onde houver algo se mova, o Uber deseja ser um protagonista. Dessa reflexão estratégica da organização já houve derivações como o Uber Eats, além de outras em curso como a parceria com a Embraer no projeto de desenvolvimento dos veículos aéreos individuais, por exemplo. É importante que você saiba que esse movimento não impacta apenas os players tradicionais do setor de transporte e mobilidade. Como envolve um comportamento rotineiro de bilhões de cidadãos, seus efeitos são profundos e abrangentes para toda sociedade. Só para citar algumas possíveis influências em outros setores que não o de transporte: Considere que quanto mais trabalhadores utilizarem bikes para seu transporte, maior será o impacto em como se vestem. Os tradicionais sapatos darão espaço a outros calçados mais confortáveis e práticos. Aliás, isso já está acontecendo. Tive um encontro com Jorge Paulo Lemann que comentou, com entusiasmo, do tênis que estava usando. Segundo ele, se trata do produto mais leve que existe e era muito confortável. O homem mais rico do Brasil não se importou de utilizar confortáveis tênis em detrimento dos clássicos sapatos. A comodidade venceu a tradição. Há impactos também no tradicional setor imobiliário. As vias conectadas com ciclovias tendem a ser valorizadas e abrem espaço para produtos bem específicos como co-workings, empreendimentos mistos que aliam imóveis comerciais com residenciais e toda sorte de projetos que “conversam” com esse novo público. Meu objetivo aqui não é mapear todas as possibilidades advindas de mais essa transformação. O que quero é lhe alertar que essa evolução está mais viva do que nunca e influencia a tudo e todos sem exceção. É óbvio que nem tudo são flores. O próprio exemplo do compartilhamento de bikes na China mostra os desafios dessa nova realidade. Startups com projetos similares já quebraram. Multiplicam-se imagens de bicicletas abandonadas nas ruas de cidades chinesas. O impacto é tal que tem gerado discussões acaloradas sobre o que fazer com esses equipamentos que se transformarão em sucata. A transformação, no entanto, é inevitável, sua velocidade é crescente e vem de todos os lados. Um dos principais concorrentes do Uber, a Lyft está testando, por exemplo, um modelo de assinaturas no estilo Netflix. Ou seja, o cliente paga um valor mensal e tem acesso a usar, indiscriminadamente, o serviços de transporte do aplicativo. Ninguém está parado. O movimento é constante. É óbvio que existem dúvidas sobre o êxito desses novos modelos de negócios e projetos. É óbvio e natural já que se tratam de startups em um mercado em transformação. O fato concreto, no entanto, é que existe uma urgência premente na adaptação a esse novo mundo, independentemente de seu setor de atuação, idade, região geográfica ou qualquer outro atributo. Andy Grove, lendário presidente da Intel e um dos principais líderes corporativos da história cunhou um termo na década de 90 que se transformou no título de seu bestseller: Só os paranoicos sobrevivem. Essa visão está mais moderna e atual do que nunca. E você? Está atento ao movimento? Nunca é tarde para tirar a diferença. Acorda, pois não temos tempo a perder.

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