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Tag: 4a Revolução Industrial

Blockchain, a Tecnologia que irá moldar o futuro

21 março 2018

Descobriram o Bitcoin. Subitamente, em todas as rodas de conversa, todos entendem – ou pelo menos, demonstram entender – do fenômeno. Como todo tema que alcança o status instantâneo de hype, há um verdadeiro efeito manada em um movimento que intitulo como “efeito Paleteria” (lembra do boom dos sorvetes mexicanos?). Não sou um expert no tema, portanto não tenho autoridade para afirmar se é ou não uma bolha, seus riscos etc. No entanto, está passando despercebido da maioria o que está por trás das criptomoedas e que pode dizer muito respeito a todo empreendedor e negócio no Brasil. Tive a oportunidade de assistir a palestra – animal – de Salim Ismail, um dos fundadores da Singularity University, na HSM Expo desse ano. Um dos temas que mais me chamou a atenção (e olha que foram muitos insights) foi quando o autor de “Organizações Exponenciais” (leitura indispensável para esses novos tempos) afirmou que um dos principais fenômenos a ser observado daqui por diante é o Blockchain. O Fórum Econômico Mundial, um dos principais centros de pensamento do planeta, sentenciou que o Blockchain é tecnologia que irá moldar o futuro. Minha experiência mostra que esse é o tipo de insight que não pode ser deixado de lado. Arregacei as mangas e comecei um mergulho nesse universo pesquisando diversas fontes para me nutrir de informações sobre a nova tecnologia.

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Instacart: O fantasma da Amazon e do Walmart

27 janeiro 2018

Em um mundo em ebulição como o nosso é fundamental estar atento à forma como você se nutre de conhecimento. Infelizmente, muita coisa relevante passa batido dos meios tradicionais de mídia no país e você corre o risco de ficar alijado de casos muito instigantes que são importantes para formação de seu repertório pessoal. A startup Instacart é um caso desses. Pouco conhecida no Brasil, praticamente ignorada pela mídia tradicional, a startup, fundada em 2012 por um ex-engenheiro da Amazon, atualmente, tem um valor de mercado de cerca de U$ 3,5 bilhões e assombra os principais players do mercado de varejo. O nome Instacart não tem nenhuma relação com o Instagram. A marca, na realidade, é a composição das palavras carrinho de supermercado (cart) com instantâneo (insta). Algo como “carrinho instantâneo”. Em síntese, trata-se de uma plataforma que já cobre quase todo território americano, onde o cliente pode selecionar digitalmente o supermercado desejado, montar e adquirir sua lista de compras e a receber em casa por meio de um “personal shopper”. Nessa etapa do processo, a startup se assemelha a um Uber de supermercados, na medida em que, reúne um cadastro de indivíduos que podem ser acionados na sua região de acordo com a demanda. A entrega acontece em até duas horas do pedido de acordo com o tipo de serviço adquirido (existem opções mais ou menos rápidas conforme o pagamento da taxa de entrega). Originalmente, a fonte de receita da startup era unicamente proveniente da taxa de entrega aliada a uma comissão paga pelo varejista. O sucesso do negócio é tão expressivo que hoje já atende mais de 66 milhões de domicílios americanos (52% do total de residências da região). Com isso, desenvolveu outra fonte de receita proveniente de anúncios da indústria que, cada vez mais, se aproximam da organização de olho nos seus milhões de clientes. Alguns analistas afirmam que o Instacart foi um dos principais motivadores da aquisição do Whole Foods pela Amazon. A tese é que a maior varejista do mundo necessita ter capilaridade física rapidamente para fazer frente a crescente cobertura e onipresença da startup nos lares americanos. Além disso, o Whole Foods tem um acordo de exclusividade com a plataforma sendo um de seus principais parceiros de negócios com uma pequena participação acionária. Com a movimentação a Amazon se transforma em acionista do Instacart. Curiosamente, o efeito inicial foi contrário. Assustados com o avanço da Amazon no varejo físico, varejistas tradicionais aceleraram seus acordos com a Instacart visando estruturar uma operação digital que fizesse frente a esse novo player sem a necessidade de investimentos vultuosos em tecnologia. Em entrevistas logo após o fechamento do negócio, Apoorva Mehta, CEO da startup, comentou que aumentou em 60% o numero de empresas que procuraram a companhia para participar da plataforma. Atualmente, são cerca de 170 varejistas. Nesse universo estão presente as 5 maiores cadeias de mercearias dos Estados Unidos. Em outro movimento recente, a Target adquiriu o controle da principal concorrente da Instacart, a startup Shipt por U$ 550 milhões. Os valores foram considerados altos por alguns analistas, porém a aquisição tem valor estratégico para um dos maiores varejistas do mundo que está de olho em como não perder a onda do digital. As principais preocupações, atualmente, do Walmart, a outrora maior varejista do mundo, mas ainda um conglomerado gigante que domina o setor, não é de seus competidores tradicionais como K-Mart, Costco dentre outros. Seu olhar está dirigido para o avança da Instacart e o estrago que essa empresa de pouco mais de 5 anos está fazendo no mercado. Esse é um movimento que ainda passo ao largo da visão geral de negócios no país. No Brasil, nos habituamos pouco a estudar e decifrar movimentos mercadológicos como esse que estão redefinindo as fronteiras de um dos segmentos mais tradicionais da economia: o varejo. É chover no molhado reiterar o processo de transformação que impactou outros setores tão pujantes como o Turismo, Transporte, Mídia dentre tantos outros. Não é chover no molhado, no entanto, reforçar a necessidade de nos atualizarmos e estudarmos os movimentos globais de transformação e refletirmos sobre seus impactos no nosso negócio. Dessa reflexão, certamente irão emergir oportunidades não mapeadas e riscos que podem levar seu negócio a exposição excessiva. O momento é de abandonar o comodismo e a convicção de que sabemos tudo sobre nosso negócio. É a hora de aprender a desaprender, adotando um comportamento de muita humildade e abertura perante a descoberta de novas soluções em um mundo que está em aberto. Acredite: não é uma “modinha”. A ruptura está presente aqui e agora. O caso do Instacart é só mais um que mostra sua força.   Ah, o fundador da empresa antes de dar essa tacada de mestre e se transformar em mais um bilionário do mundo das startups comenta que estima que falhou em cerca de 20 outros projetos antes de acertar a mão. Mais um sinal dos tempos…        

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A última Temporada do Game of Thrones já foi escrita. E não foi por um ser humano

17 janeiro 2018

Uma das minhas maiores frustrações em 2018 é saber que não poderei assistir a oitava e última temporada da série “Game of Thrones”. George Martin não dá conta da demanda e, ao que tudo indica, só conseguiremos acompanhar o desfecho de um dos maiores fenômenos da história do entretenimento em 2019. Pois Zack Thoutt, engenheiro de softwares americano, encontrou uma solução para ansiosos como eu e, por meio de redes neurais, desenvolveu um algoritmo que, alimentado por tudo que foi realizado sobre a série até agora, já produziu 5 capítulos da 8ª e última temporada da saga de Westeros. Se você ainda desconfia do alcance e impacto que a Inteligência Artificial está gerando no mundo, aconselho ficar atento e estudar com mais profundidade o fenômeno. O caso de “Game of Thrones” é só um exemplo do que está por vir. A onipresença da tecnologia não é uma utopia futurista. Está cada vez mais se evidenciando aqui e agora. Existem, no entanto, reflexões importantes que devem ser estimuladas acerca desse movimento. São inúmeras, mas quero me concentrar nesse artigo em uma que me instiga diariamente. Influenciado por essa experiência e outras similares que emergem diariamente, muitas vezes, somos instados a acreditar que os algoritmos são capazes de predizer tudo. Mas será que isso é uma verdade incondicional? Hummm…desconfio que não. Para não perdermos o fio da meada, vou continuar essa análise no mesmo contexto da série da HBO: entretenimento. Em 2017, Robert Downey Júnior foi convidado para estrelar o Homem de Ferro, primeira empreitada 100% da Marvel no cinema. O ator, que em seu auge concorreu ao Oscar por sua interpretação em Chaplin, não estava em boa fase e era mais conhecido na época por sua luta contra as drogas do que por atuações memoráveis. O convite era inusitado, pois filmes de super-heróis não estavam em evidência na época.  Diz à lenda que o ator relutou, porém aceitou participar desde que tivesse uma participação na receita gerada pelo projeto. O resto é história. Homem de Ferro foi um sucesso absoluto e faturou, apenas no primeiro dia de exibição, mais de U$ 30 milhões transformando-se em uma das franquias mais bem sucedidas da cinematografia mundial e o ator num dos maiores milionários de Hollywood. Só nos Estados Unidos o filme faturou mais de U$ 300 milhões. Mais representativo do que o sucesso inicial do filme de estreia, no entanto, foi o que veio a seguir. Homem de Ferro abriu a picada para a avalanche de filmes de super-heróis que assolou as telonas de forma avassaladora. Estima-se que em 2017, de cada 10 ingressos vendidos no ano em todo o mundo, 6 são de filmes sobre o tema. Esse gênero tem sido tão cultuado que especialistas calculam que, durante os 365 dias de um ano, apenas 4 ficam sem filmes desse tipo no ar. Incrível, não é? Será que um algoritmo teria conseguido prever todo esse êxito por meio de suas redes neurais e montanha de dados? Será que uma máquina teria a mesma intuição e percepção que tiveram os líderes da Marvel que, devido ao sucesso dessa visão, cresceu exponencialmente e foi vendida a Disney por cerca de U$ 4 bilhões? Especialistas são categóricos ao afirmar que chegará um ponto onde as máquinas conseguirão prever com exatidão tendências e perspectivas como essa. Confesso a você que tenho minhas dúvidas. E vou além: está claro que hoje isso não é possível. Existem limitações importantes na execução de atividades realizadas por máquinas e, nesse contexto, emergem oportunidades expressivas para indivíduos que conseguem se integrar as possibilidades provenientes da maior capacidade de processamento de informações geradas pela tecnologia atualmente. Os sistemas ainda não são infalíveis (e tenho dúvidas se um dia serão). Minha visão é que em um curto espaço de tempo teremos mais oportunidades do que ameaças no que se refere à substituição do homem pelas máquinas. Esse movimento não será homogêneo. Atividades humanas repetitivas, rotineiras já estão sendo aniquiladas. Aquelas que envolvem mais capacidade cognitiva, por mais paradoxal que possa parecer, geram alternativas poderosas de inserção de indivíduos que conseguem utilizar a tecnologia a seu favor. Estou convencido que estamos em uma Era de intensas oportunidades e alternativas de ação. O ser humano tem condições de protagonizar essa transformação e construir valor como nunca com sua ação. Para isso, é necessário romper as fronteiras que lhe distanciam da evolução tecnológica e entrar de cabeça nesse universo refletindo sobre todas as perspectivas que ele traz. Por mais que clichê que possa ser essa frase ela continua imbatível: em um ambiente em transformação, emergem oportunidades incríveis. É necessário estar preparado para aproveitá-las.   Ah, a oitava temporada do “Game of Thrones” de autoria do algoritmo apresenta algumas falhas grotescas como o fato do Ned Stark não ter morrido. Ainda prefiro o bom e velho George Martin mesmo que tenha de aguardar um pouco mais para os próximos capítulos. The Winner is coming! Será?

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O que a queda do Snapchat tem a nos ensinar

27 dezembro 2017

No final de 2013 o Facebook fez uma oferta de compra ao Snapchat no valor de U$ 3 bilhões. Valores expressivos para a época, porém a proposta foi recusada de pronto pelos fundadores da rede social que mais crescia na época junto ao público jovem. Pouco mais de 3 anos depois, em março de 2017, a empresa foi responsável por um dos maiores IPOs da história na Bolsa de NY. A startup foi avaliada em U$ 33,3 bilhões com um preço de U$ 24 por ação. Depois de um período de crescimento vertiginoso, no entanto, a empresa se defronta com os maiores desafios de sua curta e próspera jornada. O Facebook intensifica os ataques com o Instagram Stories, que apresenta funcionalidade similar aos vídeos instantâneos do Snap, e sua influência junto a Geração Z declina a olhos vistos. Nos resultados apresentados no último trimestre, a empresa apresentou uma redução importante no número de novos usuários que caiu de 8 milhões no início do ano para 4,5 milhões. A plataforma continua com expressivos 166 milhões de usuários/dia, porém a tendência assusta o mercado financeiro que já penaliza a empresa com a diminuição do valor da ação que hoje vale cerca de U$ 14,00 (menos da metade do valor de seu IPO). Por mais que seja breve e tendo a convicção que muita água ainda vai passar por baixo dessa ponte, essa história traz alguns ensinamentos relevantes que dizem respeito ao nosso momento histórico, a chamada 4ª Revolução Digital ou a Era de Transformação Digital, como preferir. O ciclo de mudanças é muito rápido e engana-se quem imagina que só atinja as empresas tradicionais. É óbvio que essas organizações têm desafios maiores, na medida em que devem reavaliar sua cultura, modelos de negócios e liderança. Por outro lado, como diz o ditado “pau que bate em Xico, bate em Francisco”. Todos, sem exceção, correm o risco de serem vitimados por movimentos estratégicos vindo da concorrência. Abordei esse tema no artigo sobre os riscos da Netflix ser “disruptada” da mesma forma que “disruptou” a Blockbuster. Não importa seu projeto, se é uma startup ou um negócio tradicional, é necessário estar atento a todos os movimentos do mercado estudando todos os atuais competidores e possíveis ameaças. No caso do Snapchat, alguns afirmam: “puxa, mas o Instagram copiou uma inovação criada pelo Snap…”. Pois bem, recorda-se daquela máxima dos novos tempos que diz que “mais importante do que a ideia é sua execução”. Mais um exemplo que corrobora essa crença. É inconteste as vantagens do pioneiro, porém nada garante a sustentabilidade de sua liderança a não ser outros desenvolvimentos e possibilidades que gerem barreiras de entrada robustas em seu negócio. Esse não é o caso do modelo original do Snap cujas funcionalidades são facilmente copiadas, sobretudo, por uma rede já consolidada com um universo de cerca de 800 milhões de usuários/dia ligada a uma das maiores organização do mundo – o Facebook. Aliás, um dos motivos do sucesso da investida do Insta junto ao público em geral tem relação com o fato de já pegarem a onda de um produto consagrado pelos pioneiros. Boa parte da audiência já conhecia o modelo de vídeos instantâneos quando o Stories foi lançado. Diferente de quando o Snap lançou essa ideia, não foi necessário catequisar muitas pessoas, pois já havia uma referência estabelecida. Temos de rever nossos conceitos a respeito do valor do pioneirismo. De modo algum ele perde a relevância, porém sua sustentabilidade é muito mais efêmera que no passado. Finalmente, o caso demonstra o poderia econômico dos novos líderes globais. Não se trata de nenhuma novidade um movimento como esse do Facebook. Recorda-se como a Microsoft pulverizou o Netscape no final da década de 90 na chamada “Guerra dos Browsers”? O que muda, no entanto, é que o atual poder que os novos “donos do pedaço” conquistam é avassalador e ameaças como essa do Facebook tendem a se acentuar. São empresas muito capitalizadas, com um valor de mercado incrível que não se intimidam em perder somas expressivas de dinheiro para liderarem negócios relevantes para seu futuro. No final do dia, reitero o que tenho insistentemente afirmado e sentenciado: estamos diante de um ambiente totalmente novo que traz consigo imensos desafios. Também traz inúmeras oportunidades, porém para isso é necessário uma mudança de mindset migrando para um modelo mental mais flexível que permita entender com mais clareza os movimentos de mercado e como é possível aproveitá-los ou se defender de seus desafios. Em situações como essa sempre me vem a mente aquela frase clássica proferida por Andy Grove, ex-CEO da Intel, que se transformou em título de sua biografia: Só os paranoicos sobrevivem? Ela foi proferida há mais de 20 anos, porém está mais atual do que nunca.

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Você sabe o que tem em comum o Spotify, Minecraft, Skype e Candy Crush? São todos suecos. E isso não é fruto do acaso…

27 novembro 2017

Fiz um post na semana passada sobre meu incômodo com a falta de políticas públicas de incentivo ao empreendedorismo no Brasil. Alguns comentários me alertaram que existe muita confusão acerca do significado de políticas públicas qualificadas. Alguns confundem com assistencialismo. Outros com protecionismo e assim por diante. Suponho que ssa visão consolidou-se ao longo dos últimos anos devido a iniciativas públicas erráticas pouco sustentáveis. Para esclarecer com um exemplo prático minha visão irei utilizar a referência de outro post que fiz há algum tempo em relação às políticas de incentivo ao empreendedorismo tecnológico na Suécia inspirado por uma notícia publicada na newsletter Meios. Na década de 1990, o governo sueco não só cortou o imposto como subsidiou computadores para que todas as famílias tivessem ao menos um. Formou uma legião de programadores. O governo investiu, também, em uma infraestrutura de banda larga. Hoje, 60% do país tem acesso a 100 mbps — só a vizinha Noruega e a Coreia do Sul batem. O resultado: Spotify, Minecraft, Candy Crush, Skype, SoundCloud. Só o Vale do Silício bate Estocolmo, em todo mundo, no número de startups que valem mais de um bilhão de dólares. Essa é um exemplo de política pública propositiva com resultados concretos para a sociedade. Estamos passando por uma revolução tecnológica com pouco precedente na história da humanidade. Se não pensarmos iniciativas que unam iniciativa privada e pública, aliada a educação, corremos o risco de ficarmos, mais uma vez, à margem da evolução global. É o gigante adormecido que não acorda nunca…

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