Pela primeira vez em sua trajetória, a Netflix privilegiará Salas de Cinema em detrimento da plataforma no lançamento de 3 produções ainda em 2018. Até então, todos os filmes distribuídos no cinema foram exibidos, simultaneamente, nos dois espaços.
O motivo principal dessa estratégia é a busca – que é quase uma obsessão de seus líderes – pela conquista de seu primeiro Oscar ainda em 2019. A Academia de Artes exige que as produções sejam expostas, no mínimo, por 7 dias consecutivos em Salas de Cinema.
Além disso, cineastas renomados, que são um dos focos da plataforma de streaming, têm solicitado o ritual de estreias nos cinemas.
A exibição dessas 3 produções ainda acontecerá em salas fora do circuito convencional, já que os players tradicionais do segmento continuam resistentes ao avanço da empresa que, atualmente, é a mais valiosa do setor de entretenimento do mundo (já ultrapassou a Disney, Concast dentre outas).
Não deixa de ser emblemático os esforços das empresas tradicionais de tentar barrar o Netflix e manter o status quo. Me lembra muito outras categorias como a de Taxistas, Hotéis, Advogados dentre tantas outras que, assustadas – ou apavoradas – com o avanço tecnológico procuram, a todo custo, preservar suas participações de mercado.
Me parece que é mais uma estratégia defensiva de prorrogar a ruptura eminente do seu negócio do que uma estratégia de crescimento.
Por isso que volto a reforçar uma das mensagens principais que apresentamos no “Gestão do Amanhã”: dedique-se a desenvolver novas soluções para destruir seu negócio atual e construir as bases para o futuro. Antes que um concorrente o faça.
Tudo começa com a mudança de mindset. Muito difícil, complexo, mas, absolutamente, necessário.