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    Nem percebemos como nos acostumamos com novas tecnologias…

    15 janeiro 2018

    Tive de acessar o serviço de atendimento de uma empresa que sou cliente que não usa chatbot. Estranhei e tive uma percepção ruim de toda trilha que tive de seguir até chegar a um atendente e começar a explicitar meu problema do zero. Há anos, quando foi implantado o serviço de reconhecimento de voz em atendimento, tive minha primeira experiência com um Banco. Fiquei MUITO desconfortável e achei aquilo tudo um lixo. Em pouquíssimos anos, o contexto mudou totalmente e minha experiência se transformou. Essa passagem me traz algumas lições que quero compartilhar com você: a) Reid Hoffman, fundador do LinkedIn, tem uma frase célebre: Se você não tem vergonha da primeira versão de seu produto, você demorou demais para lançar. Você se recorda do primeiro IPhone? Apesar da genialidade da ideia, sua funcionalidade era infinitamente inferior a suas versões subsequentes. Porém, com o uso ele foi evoluindo e se transformou em um dos maiores fenômenos do consumo mundial de toda história. Essa deve ser a lógica de qualquer lançamento de projeto ou produto em um mundo que muda a uma velocidade avassaladora. Lançar a versão minimamente viável e evoluir com seu desenvolvimento incansavelmente. b) Não é possível tirar conclusões definitivas apenas com as primeiras incursões de qualquer projeto. Uma das áreas que mais sofre com a substituição tecnológica é a de Call Centers. Há anos escrevi um artigo onde comentava que esse negócio era o similar das fábricas da Revolução Industrial no que tange a absorção de mão de obra e natureza mecânica do trabalho tal a sua pujança. Se os líderes do setor tiveram a mesma impressão que eu tive quando usei o serviço pela primeira vez podem ter chegado a conclusões perigosamente inadequadas com a frase celebre “Ah, isso aí não vai pegar”. Pegou. E como. A evolução tecnológica é uma realidade inconteste. Esse exemplo é mais uma prova disso. Nenhum negócio ou segmento passará impune ao processo de transformação. Não ficará pedra sobre pedra. Abster-se de estudar em profundidade tudo o que está acontecendo, as tendências e perspectivas equivale a se jogar de um precipício sem paraquedas. A consequência mais provável dessa escolha já conhecemos.

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    A Inovação não fracassa por falta de criatividade e sim por falta de disciplina

    10 janeiro 2018

    Essa é a principal conclusão extraída de um Estudo que pesquisou mais de 2 mil exemplos de inovações eficientes em todo o mundo realizado por Larry Keeley cujos principais insights são apresentados no livro “Os Dez Tipos de Inovação”. Conheci a obra por meio do Resumo Cast, podcast que apresenta o resumo de livros sobre empreendedorismo, que recomendo. Todos os líderes organizacionais, sem exceção, devem nutrir essa visão. Um comportamento muito comum que é, absolutamente, nocivo é aquele que encara a inovação como uma prática errática, a “bola da vez”. Hoje é dia de inovar. É impreterível um projeto amplo e irrestrito que tenha como foco a implantação de uma cultura de inovação na organização. Esse processo é lento e gradual já que toda mudança cultural leva tempo. Em um ambiente com transformações tão intensas quanto o nosso, inovar é mandatório. Não se trata mais de uma opção. Organizações que não se deram conta dessa realidade morreram, outras estão morrendo e àquelas que ainda não foram alvo do tsunami das transformações não devem se animar, pois sua hora chegará. Cultura de Inovação não é uma corrida de 100 metros. É uma Maratona.Para finalizar os cerca de 43 Km, no entanto, é necessário dar os primeiros passos. Quais são os seus? P.S. Considere que essa visão se aplica a organizações, mas também a pessoas. É necessário reciclar todo repositório de conhecimento absorvendo novos conceitos e práticas, pois o efeito da obsolescência é o mesmo das empresas: ficar ultrapassado.    

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    A melhoria incremental vai quebrar sua empresa

    15 dezembro 2017

    Segundo pesquisa recente da Singularity University, 75% das empresas americanas não tem desenvolvido soluções de ruptura. Essas soluções são aquele tipo de inovação com potencial para transformar dramaticamente um negócio ou até mesmo um setor como os clássicos casos do Netflix, Airbnb, Uber dentre outras novas empresas que estão mudando os fundamentos de segmentos inteiros da economia. A inovação sempre foi um tema valorizado nas organizações. O pensador clássico da disciplina é o professor Clayton Christensen que elaborou a tese fundamental a respeito das inovações incementais e de ruptura. Esse pensamento é a origem de todas reflexões da nova economia e colocou em evidência um termo onipresente na sociedade atual: a disrupção. Na história recente, tendo como foco a melhoria contínua de seus negócios, as organizações dedicaram-se a incentivar e desenvolver melhorias incrementais em seus processos e negócios. Essa estratégia, que foi responsável para evolução de corporações míticas, pode sentenciar o fim das organizações atualmente. Em um ambiente cuja velocidade da transformação é avassaladora, a melhoria incremental pode ser a morte a conta gotas. Aquela súbita melhora antes do organismo sucumbir. Se antes, essa falência ocorria gradativamente, hoje seu impacto é súbito. Todo líder corporativo deve se dedicar a questionar seu negócio central e refletir sobre formas de destruir seu negócio. Esse é um exercício de alta complexidade, mas absolutamente fascinante. Muito possivelmente você não conseguirá fazer isso com a equipe que está dedicada ao dia a dia do negócio ou mesmo utilizando seu atual sistema de gestão. É requeridos investimento em energia, grana e foco para pensar o novo com a coragem de sentenciar seu próprio fim. Antes que outros o façam. #gestaonaquartarevolucaoindustrial

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    Qual é o negócio da GM?

    11 dezembro 2017

    A GM anuncia que vai equipar os novos modelos de seus carros com um painel que permite acesso a uma plataforma de comércio eletrônico. Será possível adquirir diversos serviços por meio da tela mostrada no painel que funcionará como um marketplace reunindo diversos provedores de produtos e serviços. A GM será remunerada por uma comissão dos negócios fechados na plataforma. Já em 2017, a tecnologia será embarcada em cerca de 2 milhões de automóveis e, em 2018, esse número se elevará para 4 milhões. A GM não está sozinha nessa batalha. A Amazon – sempre ela – está fazendo parcerias com diversas montadoras como a Ford para embarcar sua assistente pessoal nos veículos. Óbvio que o movimento tem relação com a ascensão dos carros autônomos. What business are you in? A pergunta mais importante para ser feita sobre seu negócio. As fronteiras estão derretendo, a tecnologia é onipresente. De onde vem as ameaças? E as oportunidades? Além do lugar comum que é falar sobre transformações nos negócios, é necessário estudarmos e arriscarmos novas possibilidades, pois quem perder essa onda está fadado a irrelevância.

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    A miopia curto prazista…

    29 novembro 2017

    Uma das tecnologias promissoras de nossa atualidade é a impressão em 3D. Me fascina suas aplicações, sobretudo no campo da saúde, que já são uma realidade. Os benefícios em termos de custo, assertividade dos procedimentos e, principalmente, o menor impacto nos pacientes são incontestes. São órgãos sendo impressos antes das cirurgias para avaliar suas características (no processo tradicional não são raras as surpresas quando o procedimento se inicia), próteses elaboradas fielmente para diminuir sua rejeição e assim por diante. O curioso é que a impressão em 3D já tem 30 anos. Ela estava disponível aí há um bom tempo e raros foram os players que perceberam sua utilidade e, sobretudo, conseguiram construir modelos de negócios com esse diferencial. O fato é que, espremidos pelas pressões de nossa rotina, deixamos de lado novas aplicações, inovações e toda sorte de perspectivas inéditas que, muitas vezes, parecem coisas de séries futuristas, distópicas. Perigo à vista! É mandatório uma nova mentalidade orientada a mapear e testar soluções disruptivas. É complexo, pois não são soluções consolidadas, porém lembre-se: Quem bebe da fonte primeiro, toma água mais limpa. Fique ligado!

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