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    O conceito de empresa válida

    07 dezembro 2016

    Minha experiência de quase 10 anos na HSM foi muito fértil em várias frentes. Uma das mais gratificantes foi o universo de pessoas que conheci e que influenciaram – e continuam influenciando – decisivamente minha mentalidade. Uma dessas pessoas que se transformou em uma de minhas referências intelectuais é o professor José Carlos Teixeira Moreira, fundador da Escola de Marketing Industrial e um dos percursores no Brasil a explorar o tema de negócio B2B (vendas de empresa para empresa). Ontem estive com ele em mais um encontro intitulado Usina de Valor. Me revigoro nesses momentos ao tomar contato com conhecimento e crenças tão essenciais. Há mais de três décadas o professor tem ensinado aos principais líderes empresariais do Brasil o conceito de empresa válida.

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    A revolução nos modelos de negócios: uma dimensão muitas vezes negligenciada pela maioria

    08 novembro 2016

    Existe uma característica estratégica no novo ambiente de negócios que muitas vezes passa despercebido pela maioria: um dos grandes vetores na revolução atual está centrado na transformação dos modelos de negócios tradicionais. Dê uma boa analisada nas organizações líderes dessa nova era. Observe que todas assumiram modelos de negócios distintos dos tradicionais. Dois exemplos que estão na nossa cara: • A Netflix é uma plataforma de distribuição de conteúdo em vídeo. As organizações originais desse segmento são as emissoras de televisão cujo modelo de negócios sempre foi o da Publicidade. A Netflix não fatura um centavo de publicidade e ganha dinheiro com a venda de assinaturas. • Como o Google ganha dinheiro? Está aí uma questão instigante. São diversas as fontes de receita do Google: publicidade, licenças, assinaturas entre outras. O que era apenas uma ferramenta de busca se transformou em uma plataforma que abraça e monetiza todo universo digital. Não há referencial na história de negócios similar. Poderia citar inúmeros outros casos de empresas tradicionais como a Nestlé com Nespresso ou a Brastemp com as assinaturas para utilizar seu purificador de água. Também temos as novas companhias que estão arrebentando como Spotify, Wine.com entre outras.

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    Alguma coisa está fora da ordem

    20 outubro 2016

    Reflita comigo: O mercado corporativo cada vez mais demanda pessoas que sejam proativas, que tenham propensão ao risco aprendendo com seus erros e que sejam protagonistas de seus projetos. A Escola, com seu método de ensino convencional, não dá autonomia ao aluno que tem de estudar o que está convencionado na ementa, penaliza o erro com a repetição do ano mostrando que errar é fatal e iguala todos os talentos de uma determinada classe tendo como base para entregar conteúdo a faixa etária de cada aluno em detrimento de seu conhecimento ou bagagem. Há algo de errado no reino da Dinamarca, não é?

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    Quando teremos uma empresa Unicórnio brasileira?

    04 outubro 2016

    Toda última 6 feira do mês apresentamos o Nerdcast Empreendedor, podcast que tem como foco abordar temas relevantes sobre empreendedorismo realizado em parceria com o pessoal do Jovem Nerd. No último programa abordamos um tema que há tempos tem me provocado e sob o qual tenho estudado muito: por qual motivo existem empresas que crescem tanto e tão rapidamente? Me refiro, sobretudo, as empresas da Nova Economia. Já se cunhou até um termo para as startups de crescimento rápido com valor de mercado acima de U$ 1 Bilhão: são as empresas Unicórnio. Mais de 65% dessas empresas estão nos Estados Unidos (a esmagadora maioria no Vale do Silício na Califórnia) e já existem 15% na China, índice que cresce rapidamente. E no Brasil? Ainda não temos nenhuma empresa Unicórnio no país. Me interessa muito discutir quais são as oportunidades que temos de absorver novos métodos de gestão para conseguirmos adotar práticas adequadas à nossa realidade que nos permitam entrar nesse seleto grupo de organizações e empreendedores que vão dar as cartas no mundo daqui por diante (basta vermos o impacto de empresas como Uber e Airbnb em nossas rotinas).

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    A empresa como plataforma de negócios

    27 junho 2016

    Para competirem através do inesperado, as empresas da nova era têm de evoluir como plataforma de negócios, tendo como foco seus clientes e alinhando-os a suas competências essenciais. (essa é a introdução do artigo de minha autoria com o José Salibi Neto publicado em sua íntegra na Revista HSM Management de Maio/Junho 16) Julho de 1960. É publicado na Harvard Business Review um artigo que iria revolucionar a forma como os negócios até então eram encarados: Miopia em Marketing. Seu autor, Theodore Levitt, apresenta a visão de que é necessária uma mudança fundamental a respeito da função principal da companhia com a migração de sua orientação do bem que produz para o universo do cliente. Um dos principais méritos do artigo foi fazer as empresas questionarem em que negócio realmente estão. O clássico exemplo da decadência das ferrovias sintetiza bastante bem esse pensamento: a indústria ruiu não porque surgiu a indústria automobilística, mas sim porque as empresas estabelecidas, cegas pelo sucesso, não entenderam que não estavam no negócio de ferrovias e sim no negócio de transportes. Se, em sua essência, migrassem sua atenção às aspirações de seus clientes em detrimento de orientação excessivamente auto-centrada, poderiam ter desenvolvido soluções adequadas a seus consumidores e não apenas produtos melhores. Os líderes do setor não conseguiram enxergar a plataforma onde atuavam. Resultado: um setor inteiro ruiu. Julho de 1995. Jeff Bezos, executivo da área financeira de Wall Street, abre mão de promissora carreira e começa um novo negócio que iria revolucionar a forma como as empresas se relacionam com seus clientes. Surge a Amazon.com, ecommerce que, inicialmente, foca sua atividade na venda de livros. Em reunião com o grupo inicial de colaboradores fica evidente a essência da nova companhia. Bezos sugere que o sistema poderia dar a oportunidade para os leitores avaliarem os livros que consomem. É o surgimento do sistema de rating que, em um futuro breve, iria se popularizar em toda a web. Um dos colaboradores é contrário a decisão já que, dessa forma, segundo sua visão, iriam desestimular a aquisição dos produtos com pior avaliação. Como consequência, venderiam menos livros. Subitamente, e com a energia que lhe é característica, Bezos afirma: “Quem disse que estamos no negócio de vender livros? A nossa visão é ser a empresa mais centrada no cliente. O lugar onde as pessoas vêm para encontrar e descobrir qualquer coisa que quiserem comprar on line”. Em 30 dias de sua fundação, a Amazon vendeu livros em 50 estados americanos e 45 países. Em poucos anos, transformou-se em uma das maiores empresas do mundo digital. Se a visão de Bezos não estivesse clara desde o início do negócio, será que a empresa iria atuar em setores tão distintos quanto na comercialização de DVDs, Eletroeletrônicos, Vídeo on demand, Cloud Computing (onde está superando empresas tradicionais no setor como Cisco e IBM) e, mais recentemente, oferecendo serviços domésticos a seus clientes? Ou então, como na Indústria Ferroviária, será que a organização não ficaria focada exclusivamente na venda de livros e reduziria seu negócio a esse nicho específico? Poderia até tornar-se a maior empresa de venda de livros do planeta, porém será que se transformaria em um dos casos mais representativos da web consolidando uma nova forma de relacionamento com clientes que contagiou todos os negócios digitais no mundo?

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