Intraempreendedorismo, uma vantagem competitiva
20 outubro 2016
Nos últimos cinco anos, o Brasil felizmente descobriu o empreendedorismo, mas o conceito ainda costuma ser ligado ao fundador de empresa, e o empreendedorismo dos funcionários segue sendo visto como um modismo. Será que é? O primeiro pensador da gestão a estudar o fenômeno foi Gifford Pinchot III, que introduziu o conceito no livro Intrapreneurship, em 1985. Segundo ele, intraempreendedor é quem trabalha dentro de uma organização desenvolvendo inovações. Seu estudo sobre centenas de inovações corporativas nos EUA revelou que, em todos os casos bem-sucedidos, o projeto era liderado por “intraempreendedores”. No Brasil, o primeiro a levantar o assunto foi o saudoso Eduardo Bom Angelo, ele mesmo um intraempreendedor de primeira grandeza, que, em 2003, lançou o livro Empreendedor Corporativo. Trinta e um anos depois de Pinchot e treze depois de Bom Angelo, as empresas começam a sentir necessidade de uma cultura empreendedora ante a velocidade das mudanças tecnológicas, que desestrutura as cadeias de valor. No entanto, muitas a reduzem a uma visão apenas comportamental – colaboradores que sejam proativos na solução de problemas, não importando em que nível hierárquico estejam – e outras tantas buscam isso fora de suas fronteiras, em parcerias com startups. Resultado: um número expressivo de funcionários ávidos por empreender acaba se desligando das organizações e os talentos jovens nem entram ali.
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