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    A Lei de Metcalf e o Álbum da Copa

    29 março 2018

    A Lei de Metcalfe é uma das mais poderosas da atualidade. Ela sentencia que o valor de um sistema de comunicação cresce na razão do quadrado do número de usuários do sistema. Assim quanto mais componentes ativos têm uma rede, maior é seu poder. A base dessa Lei explica o sucesso das principais plataformas digitais da atualidade como o Facebook, Uber, Airbnb, além do valor dos Marketplaces (cujo sucesso está intimamente relacionado ao total de compradores e vendedores presentes em seu ambiente). Uma forma muito atual de entender o valor exponencial de uma rede é perceber o fenômeno que acontece no Brasil de 4 em 4 anos: o álbum de figurinhas da Copa do Mundo. Esse fenômeno só é explosivo da forma que é devido ao poder da rede despertado pela mágica atração que causa nos cidadãos brasileiros que, independentemente de sua faixa etária, sexo ou grana, se fascinam por trocar figurinhas dos seus ídolos – ou não – com outros coleguinhas. Por que o mesmo fenômeno não acontece, na mesma proporção, com outros álbuns? Porque seus autores não conseguem tracionar a audiência de uma forma tão poderosa quanto a Panini durante a Copa do Mundo e, como consequência, sua rede não tem potência. Menos participantes significa menos pessoas para trocar figurinhas que é igual a menos valor percebido. A Lei de Metcalfe é implacável. O que poucos percebem é que esse fenômeno está mais próximo do mundo dos negócios do que nunca. Atualmente, o custo de acesso para qualquer organização estruturar sua rede digital é muito baixo. O grande desafio, no entanto, reside em como tracionar a audiência da mesma forma que o álbum da Copa. Está aí uma questão absolutamente desafiante, que não tem uma receita de bolo nem resposta pronta. Tenho uma convicção, no entanto: é necessário testar, experimentar, criar protótipos para aprender e buscar soluções que vão nessa linha. As organizações que não começarem a exercitar hoje esses modelos – já estão atrasadas, a propósito – correm o risco de serem vitimadas da mesma forma que as empresas tradicionais do varejo estão sendo. Ou ainda, as do setor de Turismo. Ou as do setor de Transporte etc… Quer apostar?

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    Blockchain, a Tecnologia que irá moldar o futuro

    21 março 2018

    Descobriram o Bitcoin. Subitamente, em todas as rodas de conversa, todos entendem – ou pelo menos, demonstram entender – do fenômeno. Como todo tema que alcança o status instantâneo de hype, há um verdadeiro efeito manada em um movimento que intitulo como “efeito Paleteria” (lembra do boom dos sorvetes mexicanos?). Não sou um expert no tema, portanto não tenho autoridade para afirmar se é ou não uma bolha, seus riscos etc. No entanto, está passando despercebido da maioria o que está por trás das criptomoedas e que pode dizer muito respeito a todo empreendedor e negócio no Brasil. Tive a oportunidade de assistir a palestra – animal – de Salim Ismail, um dos fundadores da Singularity University, na HSM Expo desse ano. Um dos temas que mais me chamou a atenção (e olha que foram muitos insights) foi quando o autor de “Organizações Exponenciais” (leitura indispensável para esses novos tempos) afirmou que um dos principais fenômenos a ser observado daqui por diante é o Blockchain. O Fórum Econômico Mundial, um dos principais centros de pensamento do planeta, sentenciou que o Blockchain é tecnologia que irá moldar o futuro. Minha experiência mostra que esse é o tipo de insight que não pode ser deixado de lado. Arregacei as mangas e comecei um mergulho nesse universo pesquisando diversas fontes para me nutrir de informações sobre a nova tecnologia.

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    A Decora e o Brasil Invisível

    16 março 2018

    Mais uma notícia positiva no vibrante universo das startups brasileiras: a Decora, fundada em Florianópolis em 2012, foi adquirida por mais de U$ 100 milhões pela americana CreativeDrive. É o 2o maior negócio de aquisições de startups no país no ano depois da 99. Você conhece a Decora? Já havia lido algo sobre a empresa na mídia antes? Não se assuste se você responder negativamente para as 2 questões. Arrisco a afirmar que 99% das pessoas NUNCA ouviu falar dessa startup. Nessa e em dezenas de negócios promissores que estão se consolidado por aqui. Há um tempo tenho insistido na tese que existe um Brasil Invisível. É o Brasil do protagonismo de empreendedores, da explosão das startups, do ecossistema do empreendedorismo. Muitos não se deram conta da revolução que acontece embaixo de nosso nariz. Se você lidera uma organização, fique atento às dezenas de Decoras que irão mudar seu setor. Se você busca uma colocação no mercado de trabalho, atenção a essas novas e vibrantes opções. Se você é um empreendedor, se espelhe nesses 2 jovens que com recursos próprios construíram, em 5 anos, um caso de sucesso. Bem vindo ao mundo da Gestão do Amanhã!!! P.S. E que espetáculo o ecossistema de Floripa, hein? Aguarde que vem mais novidades de lá…

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    A Apple é uma empresa de serviços?

    13 fevereiro 2018

    Tim Cook, presidente da Apple, sempre que tem oportunidade enfatiza a visão de que a Apple é uma empresa de serviços. Essa é uma das sagas corporativas mais ricas da história e têm diversas nuances, porém quero me concentrar no ano de 2001 cerca de 4 anos depois do retorno de Jobs a organização. Nesse ano houve o lançamento do produto que iria revolucionar não só a Apple, mas a história dos negócios: o I-Pod. A maioria interpretou que Jobs estava lançando um tocador de músicas portátil com um baita design. Poucos enxergaram que um dos maiores empreendedores da história inaugurava ali a mais vibrante plataforma de negócios do ambiente corporativo. Essa é a origem de visão de Cook quando comenta sobre a Apple como empresa de serviços. Ele se refere ao poder das conexões geradas dentro de sua plataforma de negócios que tem como base a quantidade de aparelhos ativos da empresa que hoje chega a impressionantes 1,3 bilhões. Isso mesmo. São mais de 1 bilhão de aparelhos da Apple em todo mundo. Resultado: apenas no último trimestre de 2017 a empresa faturou U$ 8,5 bilhões em serviços com destaque para a receita oriunda do ITunes. Mas, o ponto forte da organização não são seus produtos? Esse é um dos elementos mais ricos dessa narrativa: os serviços embarcados são um dos principais elementos de diferenciação dos produtos Apple. As lições geradas dessa história são inúmeras. Não combinam com as limitações desse espaço. No meu novo livro com Salibi, “Gestão do Amanhã”, a Apple e Jobs são um dos protagonistas em diversas passagens. Essa história ainda vai longe.  

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    Apple, Shazam, Spotify e os Inovadores Modelos de Negócios

    12 dezembro 2017

    Uma das visões estratégicas que mais sofre transformações nessa Era de Transformações (ops…) é a dos Modelos de Negócios. Há uma miríade de modelagens muito distintas da economia tradicional que, a princípio são alvo de incredulidade, porém com o tempo se provam como escolhas acertadas. Google, Amazon e Facebook já foram alvos da desconfiança geral com seus Modelos de Negócios. Hoje estão entre as 5 empresas mais valiosas do mundo. Essa semana, a Apple adquiriu por cerca de U$ 400 milhões o Shazam, aplicativo que começou sua trajetória identificando músicas por meio do seu áudio e, atualmente, faz o mesmo com programas de televisão, filmes e propagandas. Sempre fui fã desse app que foi um dos pioneiros a aliar Inteligência Artificial com Big Data e apresenta uma acuracidade incrível. Tenho notado que ele identifica cada vez mais rapidamente as músicas desejadas. Basta um ou dois acordes e pronto. Lá está a identificação correta do som. Minha dúvida, no entanto, sempre foi sobre como o Shazam iria gerar receita de forma consistente e crescente. O movimento da Apple começa a elucidar a estratégia da startup, já que uma maior integração com a Apple Music e o ITunes pode render frutos muito promissores tanto no que se refere a popularização do streaming de áudio quanto na comercialização das músicas da plataforma de ecommerce. A startup inglesa fundada em 1998, já passou da marca de 1 bilhão de downloads, conta com mais de 100 milhões de usuários em mais de 190 países e tem como sua principal fortaleza a presença no incrível universo dos smartphones. A recente aquisição mexe ainda com outra startup estrelada de nossos tempos: o Spotify que, segundo fontes, está na eminência de fazer seu IPO. O app de streaming de áudio já está integrado ao Shazam com quem tem uma parceria de geração de usuários, canal que pode secar de acordo com a evolução desse negócio, além de “ganhar” um concorrente mais fortalecido com essa união, a Apple Music. Ah, outro parceiro do Shazam é o Google Play que tem investido para ser um player relevante nesse negócio. Como você pode notar, existem inúmeras possibilidades de modelagem de negócios e geração de receitas consistentes e valiosas para o negócio que foge do padrão tradicional. Como tenho insistido com frequência e é um dos temas de meu novo livro a ser lançado no início do ano: é necessário aprendermos a desaprender para estarmos mais aptos a absorver novos conhecimentos essenciais para esses novos tempos. Nos desprendermos dos vícios de uma visão preconcebida é essencial para nos adaptarmos a um mundo em ebulição. Desafiante, pois demanda muita humildade e coragem para nos lançarmos rumo ao desconhecido. Essa nova lógica vale para qualquer um, viu? Open your mind!!!

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