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    Vamos ensinar Empreendedorismo nas Universidades

    08 julho 2018

    Há cerca de 5 anos quando iniciamos, formalmente, o meuSucesso.com, foi fortalecida a minha visão sobre a importância social do empreendedorismo. Já tinha uma experiência importante com o tema como Mentor da Endeavor (já se vão mais de 10 anos que contribuo com a causa), porém a influência da visão do Flávio Augusto foi, pessoalmente, avassaladora. Ela me ajudou a forjar a convicção de que o empreendedorismo é o principal vetor de desenvolvimento para a sociedade. Nosso projeto teve – e tem – um protagonismo importante nessa missão. Me transformei em um arauto dessa visão propagando-a aos quatro ventos. Naturalmente, vieram críticas e visões contrárias. Respeito todas aquelas que são respeitosas. Sem problemas. Essa semana, no entanto, vem mais um sinal inequívoco que a sociedade, em todo o mundo, está se curvando a essa perspectiva. Hoje no Estadão, Renata Cafardo, publica um artigo que retrata um evento na Universidade de Salamanca na Espanha com Reitores das principais Universidades do mundo. Um dos temas principais desse encontro: como ensinar os alunos a se tornarem empreendedores. A visão sentenciada pelo reitor da Universidade Autônoma de Madrid dá o tom da importância do tema para esse grupo: “A nossa sociedade e o futuro vai depender da capacidade de empreender de nossos jovens”. No encontro, os reitores presentes (inclusive o da USP) reconhecem que não sabem como ensinar empreendedorismo e estão em busca de novos métodos educacionais adequados a essa realidade. Realmente, aqui temos um desafio importante, posto que, os modelos atuais não estão alinhados com as demandas mais contemporâneas de aprendizado. Essa convicção sobre a dificuldade de ensinar empreendedorismo nada mais é do que o reflexo da desconexão do ambiente acadêmico com o mundo corporativo. No entanto, há uma lufada de esperança já que o primeiro passo para a mudança é a consciência acerca de sua necessidade. Arrisco a dizer que estamos diante do início de mais uma transformação da Gestão do Amanhã. Essa no sistema de ensino, território tão relevante e estratégico para a sociedade e nosso futuro. Eu quero estar nessa 😉   P.S. Em outro artigo já abordei minha visão sobre a importância do Intraempreendedorismo como fomento a inovação corporativa. Outro tema, correlato a essa visão. Vale à pena conhecer essa perspectiva. 

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    “Estou me sentindo um dinossauro apavorado”

    03 maio 2018

    Aprender a desaprender para reaprender. Essa é uma das principais habilidades que deve ser desenvolvida nesse mundo em ebulição. No “Gestão do Amanhã” exploramos essa visão em profundidade. Seu fundamento está centrado na perspectiva de que, em um ambiente em transformação, instável, imprevisto e incerto, as certezas e convicções forjadas tradicionalmente não tem o mesmo efeito. Por mais surrada que seja aquela máxima, ela nunca foi tão verdadeira: o que lhe trouxe com sucesso até aqui, não irá contribuir com seu êxito no futuro. Um dos protagonistas de nosso livro (na obra são citadas mais de 100 empresas e dezenas de personalidades) é Jorge Paulo Lemann, um dos principais empreendedores do Brasil, responsável por feitos incríveis lastreados pelo seu modelo de gestão que se transformou em uma marca particular. No livro abordamos diversas facetas do empreendedor  e seus projetos, porém quero chamar a atenção para uma perspectiva particular: o reconhecimento das limitações de seu modelo de gestão perante a nova realidade dos negócios. Em síntese, nossa visão é que o modelo de otimização e cortes de custos apresenta limites claros quando o projeto atinge sua excelência. Além disso, no mundo das plataformas de negócios e ascensão de novos players, é necessário uma maior fluidez e flexibilidade para lidar com novos desafios. Não é surpresa para nós as declarações que o empreendedor deu, recentemente, em um evento de inovação quando reconhece os desafios atuais ao afirmar que se sente “um dinossauro apavorado”. No mesmo evento exemplifica essa sentença com outro caso que exploramos em profundidade no livro: como a ABInbev não conseguiu enxergar a evolução do mercado de cervejaria artesanal nos Estados Unidos. Esse é um exemplo, absolutamente, atual, real e concreto de nossa visão: é necessário que você aprenda novas competências e habilidades. Que desenvolva uma nova visão de mundo. Para isso, é imperativo que você aprenda a desaprender para dar espaço ao novo. Não se trata de um mero jogo de palavras. É muito mais profundo do que isso. É uma questão de sobrevivência, afinal você já sabe o que aconteceu com os dinossauros, não é? P.S. Particularmente, acredito no poder de reinvenção do Lemann e de sua turma. O cara é tão diferente que, a despeito da visão crítica de nosso livro sobre seu projeto, ele aceitou escrever seu  endorsement (está na capa) e nos chamou para um papo na sede de sua empresa. Sinal dos tempos, meu caro…

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    As transformações atuais são reais ou uma ilusão?

    19 abril 2018

    Esse é um questionamento que me fiz quando estava produzindo o “Gestão do Amanhã” e reparo que é uma inquietação que está na mente de muitos indivíduos. Não tenho nenhuma dúvida que a resposta é afirmativa. Sim, as transformações são mais reais do que nunca. A caça de artefatos para defender essa tese, me recordei de uma experiência pessoal que tive quando fiz uma imersão em Londres. Propositadamente, para não esbarrar com nenhum brasileiro, decidi estudar em uma escola na periferia londrina. O meio de transporte usual para me deslocar ao centro era o trem. Em um desses deslocamentos, me chamou a atenção que ao meu lado, na estação, estava o CEO da Escola, sujeito que gozava de baita status naquela comunidade. Eu estava com um alemão com o qual compartilhei minha surpresa. De súbito, sem hesitação alguma, meu colega me esclareceu que se locomover de trem, naquela cultura, era símbolo de status. Fiquei impressionado e aquela informação me marcou, pois se tratava de uma realidade MUITO distante da nossa cultura. Aqui no Brasil, tradicionalmente, o meio de transporte que confere status são os automóveis. Sobretudo, nos grandes centros urbanos. Nunca tivemos uma relação distinta a essa em nossa sociedade e o automóvel ocupou lugar central em nossa rotina. Nos últimos anos, no entanto, essa lógica está mudando dramaticamente. O número de emissões de cartas de habilitação nas grandes capitais decresce ano a ano e populam pelas ruas executivos se locomovendo de bike, metrô, trem e todos os modais disponíveis. O impacto dos aplicativos de transporte é inequívoco e, apenas um deles, já faz mais de 70 milhões de viagens/mês no Brasil. Publiquei um artigo onde exploro esse tema. Não se trata de uma mudança trivial. Ela não só impacta toda matriz de mobilidade urbana como influencia diversos setores da economia, além do óbvio segmento automobilístico. Uma transformação se consubstancia de fato quando ela impacta usos e costumes de uma larga base de indivíduos. Está aí mais um exemplo de nossa cultura atual que evidencia essa mudança e faz com que estejamos alertas para a nova economia que emerge dessa nova realidade. Como já comentei, o amanhã é hoje e quem não perceber isso irá perder o bonde da história…

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    O Uber, as Bikes e a revolução na matriz de mobilidade urbana…

    18 abril 2018

    O Uber informou ao mercado que deve adquirir a Jump Bike, startup que atua com compartilhamento de bikes nos Estados Unidos. O movimento fortalece o posicionamento da organização como protagonista importante em toda matriz de mobilidade urbana global. Coincidentemente, o comunicado acontece na mesma semana que dois dos fundadores originais da 99 Táxi no Brasil se unem a mais um empreendedor e lançam a startup Yellow com proposta similar a Jump: compartilhamento de bikes. O projeto está previsto para estar ativo a partir de julho desse ano com 20.000 bicicletas sendo oferecidas na cidade de São Paulo. Estes projetos trazem consigo uma inovação, em relação as iniciativas originais do setor, que só é possível graças a tecnologia: não há nenhuma estação fixa para retirar ou devolver as bikes. Por meio do celular, o usuário poderá identificar onde está o equipamento mais próximo e devolvê-lo em qualquer lugar já que os produtos estão equipados com sensores de localização. A mobilidade atingida com esse novo mecanismo fará toda diferença do mundo na experiência do consumidor. Não é a toa toda essa movimentação na busca pela consolidação desse novo modelo de negócios. Na China, o compartilhamento de bikes já é uma realidade. Existem mais de 400 milhões de contas nos serviços dessa natureza (não se assuste, pois há uma sobreposição de usuários que usam mais de um serviço. De qualquer forma, o número é gigante). Estima-se que existam mais de 16 milhões de equipamentos destinados a esse fim. Todos estão de olho no imenso mercado de mobilidade urbana mundial e seus profundos reflexos junto ao comportamento dos indivíduos. Me recordo de uma frase de Travis Kalanick, fundador do Uber, que inserimos no livro “Gestão do Amanhã”: – Não estamos de olho nos bilhões da Indústria Automotiva. Nosso foco são os trilhões da matriz de mobilidade urbana mundial. E finaliza: – Onde houver algo se mova, o Uber deseja ser um protagonista. Dessa reflexão estratégica da organização já houve derivações como o Uber Eats, além de outras em curso como a parceria com a Embraer no projeto de desenvolvimento dos veículos aéreos individuais, por exemplo. É importante que você saiba que esse movimento não impacta apenas os players tradicionais do setor de transporte e mobilidade. Como envolve um comportamento rotineiro de bilhões de cidadãos, seus efeitos são profundos e abrangentes para toda sociedade. Só para citar algumas possíveis influências em outros setores que não o de transporte: Considere que quanto mais trabalhadores utilizarem bikes para seu transporte, maior será o impacto em como se vestem. Os tradicionais sapatos darão espaço a outros calçados mais confortáveis e práticos. Aliás, isso já está acontecendo. Tive um encontro com Jorge Paulo Lemann que comentou, com entusiasmo, do tênis que estava usando. Segundo ele, se trata do produto mais leve que existe e era muito confortável. O homem mais rico do Brasil não se importou de utilizar confortáveis tênis em detrimento dos clássicos sapatos. A comodidade venceu a tradição. Há impactos também no tradicional setor imobiliário. As vias conectadas com ciclovias tendem a ser valorizadas e abrem espaço para produtos bem específicos como co-workings, empreendimentos mistos que aliam imóveis comerciais com residenciais e toda sorte de projetos que “conversam” com esse novo público. Meu objetivo aqui não é mapear todas as possibilidades advindas de mais essa transformação. O que quero é lhe alertar que essa evolução está mais viva do que nunca e influencia a tudo e todos sem exceção. É óbvio que nem tudo são flores. O próprio exemplo do compartilhamento de bikes na China mostra os desafios dessa nova realidade. Startups com projetos similares já quebraram. Multiplicam-se imagens de bicicletas abandonadas nas ruas de cidades chinesas. O impacto é tal que tem gerado discussões acaloradas sobre o que fazer com esses equipamentos que se transformarão em sucata. A transformação, no entanto, é inevitável, sua velocidade é crescente e vem de todos os lados. Um dos principais concorrentes do Uber, a Lyft está testando, por exemplo, um modelo de assinaturas no estilo Netflix. Ou seja, o cliente paga um valor mensal e tem acesso a usar, indiscriminadamente, o serviços de transporte do aplicativo. Ninguém está parado. O movimento é constante. É óbvio que existem dúvidas sobre o êxito desses novos modelos de negócios e projetos. É óbvio e natural já que se tratam de startups em um mercado em transformação. O fato concreto, no entanto, é que existe uma urgência premente na adaptação a esse novo mundo, independentemente de seu setor de atuação, idade, região geográfica ou qualquer outro atributo. Andy Grove, lendário presidente da Intel e um dos principais líderes corporativos da história cunhou um termo na década de 90 que se transformou no título de seu bestseller: Só os paranoicos sobrevivem. Essa visão está mais moderna e atual do que nunca. E você? Está atento ao movimento? Nunca é tarde para tirar a diferença. Acorda, pois não temos tempo a perder.

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    Valores íntegros geram Valor Econômico

    09 abril 2018

    “A empresa deve contribuir para a formação do espírito humano” “A empresa deve produzir soluções para um novo mundo, transformar-se em agente de mudanças e conectar indivíduos a causas. ” Quem você imagina que proferiu essas sentenças? Talvez um ativista social? Ou um especialista em sustentabilidade com uma visão romântica? Que tal uma empreendedora que construiu seu negócio alicerceado sobre esses pilares e, como consequência, o vendeu por U$ 1,14 Bilhões? É isso mesmo. Essa visão é de autoria de Anita Roddick, fundadora da Body Shop, que em 2006 foi vendida por U$ 1,14 Bilhões para a Loreal. Infelizmente Anita já não está entre nós, porém com seu vigor, intensidade e visão de mundo foi responsável pelo início de uma revolução que se tangibiliza com vigor nos dias atuais. Tive a oportunidade de interagir pessoalmente com a empreendedora em uma de suas vindas ao Brasil pela HSM. Creio que ela ficaria feliz em saber que a empresa que fundou foi adquirida pela Natura (em 2017 por um valor estimado de 1 bilhão de euros). Recordo-me que conduzi um Talk Show com ela e um dos convidados perguntou o motivo da Body Shop não entrar no país (na época, Anita estava à frente do negócio). Com a maior humildade do mundo, considerando que sua empresa já era muito representativa globalmente, ela respondeu: – Tenho muito respeito pelas empresas que atuam no setor no Brasil que adotam uma visão sustentável em seus negócios com sucesso. Não estou certa que faríamos a diferença por aqui. É óbvio que estava se referindo a Natura. Convido você a essa reflexão: Valores íntegros geram valor econômico Esse é o presente e futuro de uma sociedade mais próspera que integra o empreendedorismo a valores sociais. Está aí a real possibilidade do empreendedorismo contribuir para a transformação da sociedade por meio de uma visão poderosa que cria valor a todos os agentes de nosso ecossistema. Não se trata de uma utopia. Você concorda?

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