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    Você sabe qual é a maior ameaça para os Bancos na atualidade?

    25 junho 2018

    Há algum tempo escrevi um artigo onde posicionava uma mudança importante no pensamento estratégico tradicional acerca dos tradicionais Grupos Estratégicos de Michael Porter. Minha tese é que, com a diluição das barreiras entre setores, esse pensamento inflexível ficou obsoleto. Utilizei como exemplo o caso do Google entrando no setor de Saúde com soluções tecnológicas que facilitam o diagnóstico de algumas doenças. Essa semana foi publicado o Relatório Econômico Anual do BIS (Banco de Compensações Internacionais) que traz mais uma evidência desse arranjo. O órgão aponta que a principal ameaça para os players do setor são os gigantes de tecnologia. Ele não está se referindo apenas as Fintechs e sim a organizações como Google, Apple e Facebook que já demonstram interesse pelo setor. No centro dessa visão está a convicção sobre o volume de informações que as novas organizações detém sobre um universo astronômico de indivíduos. Esse movimento me gera alguns insigths. Sob a ótica da oportunidade: um mercado secular composto por players tradicionais e hegemônicos está em aberto. Quando poderíamos imaginar que as grandes e sisudas empresas do setor seriam ameaçadas por empresas que até poucos anos eram “empresas de garagem”. As oportunidades estão postas e continuarão a existir para quem se apropriar adequadamente desse espaço não importa o porte ou estágio do novo entrante. Sob a ótica da ameaça: Aqui entra a nova visão dos Grupos Estratégicos, pois é um risco ficar mirando seu negócio tendo como referência apenas os players tradicionais do setor. Atualmente, vem chumbo grosso de todo canto e se você não estiver atento a uma perspectiva estratégica mais abrangente, quando perceber o risco pode ser tarde demais. Além dessas duas visões mercadológicas, tenho outra de fundo mais social. Mais uma vez chamo a atenção sobre o poder que as gigantes da tecnologia estão concentrando. O tanto de informações e dados que essas organizações concentram de indivíduos faz com que seja possível, praticamente, tudo. Como sociedade, estamos preparados para lidar com esse novo contexto? Como alinhar a visão desenvolvimentista de livre mercado com a tendência de formação de mega monopólios? E a reflexão que não me sai da cabeça: como compatibilizar inovação tecnológica com esse risco? Estão aí “apenas” algumas reflexões que sugiro nos debruçamos para, tanto no aspecto mercadológico, quanto no social, possamos pensar novas soluções para um novo mundo. Não tenho as respostas, mas as perguntas me inquietam… #gestãodoamanhã

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    O novo Líder

    13 junho 2018

    Recentemente, publiquei no meu canal do LinkedIn um trecho do Talk Show que produzimos para o “Gestão do Amanhã” que tem como protagonista a Sofia Esteves e o tema Liderança  e o novo perfil do Líder (no total são 10 vídeos que compõem essa série de programas de cerca de 40 minutos e são acessíveis via QR Code para os leitores da obra). O post teve grande repercussão e engajamento. Me chamou a atenção alguns comentários. Veja no link. É inegável, e não é nenhuma novidade, a incredulidade dos líderes no Brasil. Essa descrença, que é endêmica no ambiente político, assola também o empresarial – como não poderia ser diferente. É importante estar clara a visão que passamos pela consolidação de um novo paradigma na sociedade e estamos no epicentro da migração. Nesse momento, se encontram o novo modelo e o tradicional. É o chamado “Ponto de Bifurcação” quando dois sistemas – o consolidado e o novo – se encontram no mesmo espaço tempo. O resultado: Confusão, Caos, Incerteza. Enquanto o novo sistema não desloca o primeiro a situação é altamente instável. Isso explica, me minha opinião, a descrença generalizada sobre o papel do líder. Essa visão se evidencia em alguns comentários do post de pessoas que demonstram sua visão que “não tem jeito”, “é e sempre será assim”, dentre outras percepções acerca do novo líder. Tenho a opinião que estamos passando pela transição e, por esse motivo, temos uma realidade difusa que reúne o perfil mais tradicional, centralizador, autoritário, com um novo perfil mais democrático, focado no empoderamento das pessoas. Cabe a nós incentivar os modelos mais corretos e, mais importante do que tudo, não se submeter a modelos de líderes que não estão alinhados com seus valores. Se não estiver alinhado: demita seu líder 😉

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    Quem percebeu um bonequinho novo no canto inferior do Waze?

    07 junho 2018

    Se você me acompanha há algum tempo, certamente, irá se recordar quando comentei do duelo de Titãs que estava prestes a começar com o Waze competindo com o Uber. Veja esse artigo quando explorei esse tema. Pois chegou a hora no Brasil. Já percebeu o bonequinho que está aparecendo no canto inferior da tela do Waze? Pois é o projeto que organiza viagens compartilhadas, as nossas populares caronas. Assim, de leve, como quem não quer nada, o Waze começa a validar um novo modelo de negócios, gratuito no começo, que irá levar a uma competição interessante, que já rola em todo o mundo, com o Uber e todos aplicativos móveis de motoristas. O app do Google, que tem cerca de 4 milhões de usuários no Brasil, chega com força. É bom o pessoal do Uber, 99 e afins colocar as barbas de molho que o bicho vai pegar. Lembra daquela frase que é quase um mantra para mim? What business are you in? #gestãodoamanhã

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    Ser a maior ou de a de maior relevância?

    28 maio 2018

    A expectativa média de vida de uma empresa em 1937 era de 75 anos. Atualmente, ao avaliar a lista das 500 Maiores Empresas listadas na bolsa de Nova York, esse mesmo índice é de 15 anos, ou seja, cinco vezes menor do que era antigamente. Em 2020, mais de três quartos da lista das 500 maiores será composta por empresas que atualmente não existem ou ainda são obscuras. Então, por que algumas pessoas acreditam que manter os modelos tradicionais de gestão irá leva-las a esse novo mercado que está por surgir? Nossos modelos tradicionais de gestão estão relacionados ao crescimento do mercado de consumo na década de 80, que levou ao surgimento de inúmeras novas empresas e, consequentemente, a uma concorrência nunca antes vista. Com tantas empresas disputando a atenção e o bolso dos clientes, as décadas seguintes ensinaram aos homens de negócio que a regra geral era ter um diferencial competitivo para crescer, prosperar e ter longevidade. Nesse contexto de estabilidade e diferenciação, o professor da Harvard Business School Michael Porter desenvolveu a teoria da estratégia competitiva, na qual as forças que dão forma à estratégia passam por eixos muito diferentes dos contábeis e que os executivos podem ter influência nas condições de seu setor de atividade quando atuam com seus rivais, clientes e fornecedores. Esse pensamento estratégico consagrou-se no mundo corporativo e valorizou a visão da relevância de gerenciar as forças competitivas que influenciam o negócio na obtenção de resultados superiores, influenciando ainda hoje o crescimento de novas empresas. Do ponto de vista estratégico, ninguém melhor que Porter soube catalisar e traduzir os efeitos do modelo tradicional de gestão. Seu fundamento principal é a conquista do melhor posicionamento possível da organização perante os concorrentes em sua cadeia de valor, tendo acesso, de forma diferenciada e de preferência exclusiva aos insumos e recursos essenciais ao negócio. Para realizar a análise competitiva da organização, ele desenvolveu a visão de cinco forças que as empresas devem avaliar e medir para determinar uma estratégia eficiente: rivalidade entre concorrentes; ameaças de novos entrantes; poder de barganha dos clientes; poder de barganha dos fornecedores; e ameaça de produtos substitutos. Esse pensamento teve como base o padrão de gestão tradicional, no qual estão muito bem definidos todos os agentes de sua cadeia de valor, bem como seus responsáveis e papéis. Mas, no mercado atual, em que a inovação e a velocidade de mudanças atingem seu pico, temos esses papéis tão bem definidos? Esses agentes são seres imutáveis, com os mesmos papéis e atuando na mesma cadeia de valor? Nosso pensamento estratégico convencional não atende mais às demandas da 4ª Revolução Industrial porque nem as pessoas nem os papéis delas são os mesmos da década passada. E, pior, não serão os mesmos nos meses futuros. O pensamento das forças competitivas de Michael Porter não previu os fundamentos da nova sociedade por estar todo centrado no controle completo da cadeia de valor. Esse modelo não leva em conta os efeitos da rede e o valor criado por meio das interações entre seus agentes. Na prática, se a Amazon tivesse seguido somente o modelo de Michael Porter, seria a maior livraria online do mundo e não uma das principais organizações do mundo com sua plataforma de negócios. O trade-off Tamanho versus Diferenciação deixou de ser mandatório. Empresas como Amazon aliam porte do negócio com diferenciação por meio da adoção de tecnologia e de inovação. A influência em uma rede de agentes composta por clientes, parceiros e outras organizações em geral passou a ser mais relevante e rentável do que deter ativos físicos. Quando analisamos o que essa influência em rede significa, vemos um mundo novo admirável, que traz consigo possibilidades de negócios até então inexistentes e, para além disso, o espaço necessário para criarmos negócios mais democráticos e abrangentes. (artigo de minha autoria relacionado ao livro “Gestão do Amanhã” publicado na Revista América Economia em Maio/18)

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    Você sabia que nossa tendência natural é valorizar o fracasso?

    27 maio 2018

    Estava realizando uma pesquisa para a produção de um capítulo sobre cultura que estamos produzindo em continuidade ao projeto do livro “Gestão do Amanhã”, que está migrando para ser uma plataforma de conteúdos (mais adiante conto essa história), quando resgatei um artigo muito relevante que tem como principal tema resiliência. O que mais me chamou atenção nesse artigo foi a apresentação de algumas características do cérebro humano que explicam os motivos da necessidade de nutrirmos uma mentalidade positiva diariamente. Em síntese, os modelos naturais de funcionamento cerebral privilegiam a prevenção e estabilidade. Com isso, tendem a valorizar as perspectivas negativas para fortalecer o senso de sobrevivência. Alguns exemplos: O cérebro é naturalmente negativo Existe uma predisposição natural para notícias desagradáveis. Uma demonstração desse comportamento é que experiência negativas levam um segundo, no máximo, para serem codificadas em memória de longa duração. As positivas levam de 10 a 12 segundos. Existem mais palavras para emoções negativas (62%) do que positivas (32%) no dicionário de língua inglesa. O cérebro é preguiçoso Existe a tendência por economia de esforço e processamento cerebral e, como consequência, a predisposição por tomar as decisões mais confortáveis em detrimento das ótimas. Assim, a possibilidade de manipulação fácil proveniente de premissas inconsistentes é uma realidade. O cérebro está programado para ser preocupar O cérebro tende a ficar incansavelmente obcecado por problemas e preso a um looping improdutivo. Pesquisas mostram que a tendência a se preocupar constantemente é incrivelmente tóxica para a saúde humana. O cérebro precisa de previsibilidade Quando na realidade experimentada é incompatível com a esperada, tende a aparecer a dúvida, a ansiedade e a incapacidade de tomar decisões (paralisia cognitiva) Esses achados, provenientes de Estudos científicos e Pesquisas, só reforçam a tese de que é indispensável que você cuide de sua saúde mental nutrindo seu pensamento com boas referências e procurando sempre se distanciar do problema para ter uma visão menos enviesada possível. Do contrário, a tendência é você ficar imerso no universo da negatividade e das preocupações o que pode gerar paralisia e improdutividade. Não se trata de conselho barato de literatura de auto-ajuda. A ciência explica os riscos e oportunidades advindas da natureza humana. Negligenciar esse sistema é sinônimo de cair no mesmo risco do looping negativo que não leva ninguém a lugar algum. Sempre digo que se adiantasse ficar reclamando pelos cantos das adversidades, eu seria o primeiro a adotar esse comportamento. A realidade, no entanto, é muito distinta dessa perspectiva..

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