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É a educação, estúpido!

20 julho 2016

Nessa semana foi publicado no Estadão uma informação resultado de um estudo compilado do Conference Board pelo pesquisador Fernando Veloso já sabida e que, estranhamente, não mobiliza tanto as pessoas como deveria, já que seus impactos são dramáticos para toda sociedade: a produtividade do brasileiro tem despencado nos últimos 60 anos e, atualmente, são necessários 4 trabalhadores brasileiros para fazer o que faz um trabalhador americano. Enquanto não resolvermos o problema da produtividade em nosso país, nosso crescimento continuará a obedecer a dinâmica do chamado voo da galinha: crescemos um tanto e depois despencamos; dali a alguns anos crescemos outro tanto e despencamos novamente e assim sucessivamente desde o primeiro grande boom de crescimento da era JK. Existe uma dimensão para atacar o problema que envolve uma orquestração dos atores do macro contexto na diminuição do chamado Custo Brasil que considera os desafios da alta e complexa carga tributária aliada a péssima infraestrutura do país. Por outro lado, existe uma outra dimensão que está em nossas mãos: a pouca qualificação da mão de obra e, como uma das consequências, o baixo investimento em tecnologia.

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A capacidade de aprender mais depressa do que a concorrência pode ser a única vantagem competitiva sustentável

19 julho 2016

Essa frase é a essência do livro “A Empresa Viva” publicado por Arie de Geus em 1997. Imagine o mundo há 20 anos atrás. A internet estava engatilhando, o Google não existia e as pessoas sequer imaginavam o que era uma rede social, quanto mais o facebook. Se essa realidade já era percebida nesse mundo, imagine no de hoje onde a velocidade das mudanças adquiriu contornos inimagináveis por qualquer cidadão médio do final do século XX. E a parada só fica mais tensa ao tomarmos contato com alguns dados a respeito da influência da tecnologia por aqui. Um estudo publicado pela Universidade Oxford em 2013 identificou que 47% dos empregos nos Estados Unidos correm o risco de serem substituídos por computadores em breve. Nos Estados Unidos. Imagine por aqui, nos trópicos.

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Os profetas do futuro estão ficando sem emprego

16 julho 2016

É secular o desejo do ser humano de prever o futuro. Desde a antiguidade adivinhos, bruxos e místicos se revezam no ideário popular como arautos do que está porvir. Aliás, atire a primeira pedra quem nunca consultou com um cartomante, jogou búzios, leu tarô ou recorreu a qualquer oportunidade similar para conhecer seu destino. Tenho uma má notícia a quem busca essa previsibilidade em sua vida: não conseguimos mais nem predizer o presente, quiçá o futuro. Lembra da música “índios” do Renato Russo que diz “o futuro não é como era antigamente”. Mais uma vez, o poeta acertou em cheio. Nos negócios essa realidade é de uma verdade que chega a doer. Só não vê quem não quer. Imagine se você fosse um empreendedor inglês que atuasse com um produto globalizado. Garanto que no começo do ano estava planejando conquistas incríveis em um contexto com alto potencial de crescimento, baixo nível de desemprego e integrado a todos os mercados da Europa. Quando você ia imaginar que em poucos meses seu país estava fora do mercado comum europeu e que ninguém tem vaga ideia do que irá acontecer amanhã?

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