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O que está por trás das denúncias contra Harvey Weinstein

27 novembro 2017

Artigo fenomenal que conheci pelo Meio a respeito da desconcentração de poder que tem acontecido na sociedade proveniente do avanço tecnológico. No caso, o autor, Ben Thompson, utiliza como referência o estrondoso caso de Harvey Weinstein, um dos principais produtores de Hollywood e conhecido predador sexual, para mostrar que o que está por trás da explosão de manifestações públicas dos casos de assédio que eram largamente conhecidos no meio pelo produtor. A principal origem desse movimento foi à diluição do poder dos chamados Gatekeepers na sociedade. No início dos anos 80, 100 filmes foram lançados nos EUA. Praticamente todos eram provenientes de grandes estúdios, dentre eles o The Weinstein Company, fundado pelo produtor. Ou seja, ou o artista em busca de projetos estava relacionado a um desses estúdios ou estava “fora do jogo”. Em 2016, foram lançados 736 filmes no país. Apenas 93 foram produzidos pelos grandes estúdios. O poder de barganha das grandes corporações foi totalmente diluído graças a outros canais de distribuição como Netflix, HBO, You Tube aliado a maior possibilidade técnica de produção gerada pelas novas tecnologias em equipamentos de vídeo, edição etc que tornou muito mais acessível à geração de conteúdo de alto nível.

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Você sabe o que tem em comum o Spotify, Minecraft, Skype e Candy Crush? São todos suecos. E isso não é fruto do acaso…

27 novembro 2017

Fiz um post na semana passada sobre meu incômodo com a falta de políticas públicas de incentivo ao empreendedorismo no Brasil. Alguns comentários me alertaram que existe muita confusão acerca do significado de políticas públicas qualificadas. Alguns confundem com assistencialismo. Outros com protecionismo e assim por diante. Suponho que ssa visão consolidou-se ao longo dos últimos anos devido a iniciativas públicas erráticas pouco sustentáveis. Para esclarecer com um exemplo prático minha visão irei utilizar a referência de outro post que fiz há algum tempo em relação às políticas de incentivo ao empreendedorismo tecnológico na Suécia inspirado por uma notícia publicada na newsletter Meios. Na década de 1990, o governo sueco não só cortou o imposto como subsidiou computadores para que todas as famílias tivessem ao menos um. Formou uma legião de programadores. O governo investiu, também, em uma infraestrutura de banda larga. Hoje, 60% do país tem acesso a 100 mbps — só a vizinha Noruega e a Coreia do Sul batem. O resultado: Spotify, Minecraft, Candy Crush, Skype, SoundCloud. Só o Vale do Silício bate Estocolmo, em todo mundo, no número de startups que valem mais de um bilhão de dólares. Essa é um exemplo de política pública propositiva com resultados concretos para a sociedade. Estamos passando por uma revolução tecnológica com pouco precedente na história da humanidade. Se não pensarmos iniciativas que unam iniciativa privada e pública, aliada a educação, corremos o risco de ficarmos, mais uma vez, à margem da evolução global. É o gigante adormecido que não acorda nunca…

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A relação do Ascensorista com os Carros Autônomos

27 novembro 2017

Em 1991, comecei a trabalhar na Folha de S.Paulo como contato publicitário. Tinha 21 anos e ao me encaminhar ao Departamento de RH da empresa, me encantei ao ser recebido por um ascensorista no elevador do prédio principal localizado na Alameda Barão de Limeira. Ops…você não sabe o que é um ascensorista? Não se espante. Isso é coisa da minha geração. A definição formal para que ocupa esse cargo é “o indivíduo que opera elevadores”. Isso mesmo. É como se fosse um “motorista” de elevador. Antigamente, todos os elevadores tinham a necessidade de um ascensorista para operá-los. Quando os equipamentos ficaram mais seguros e automatizados, verificou-se a oportunidade de abrir mão desses profissionais. Sabe o que aconteceu? Uma mobilização, pois as pessoas se sentiam inseguras sem aquele profissional assessorando o passageiro. O que aconteceria se houvesse um problema na viagem? E a questão da segurança? As pessoas seriam capazes de viajar naquele equipamento autonomamente? Bem, não é necessário ser nenhum gênio para saber o que aconteceu com todas essas indagações, não é? Foram superadas pelo avanço tecnológico e pelos benefícios incontestes do novo modelo. Me recordei desse exemplo ao refletir sobre os carros autônomos, sem motoristas. Existe uma baita insegurança atualmente, porém, com o tempo, essa percepção será mitigada como foi no caso do ascensorista. É evidente que o exemplo tem uma função mais simbólica, posto que os riscos inerentes ao trânsito urbano são maiores do que viajar em um elevador. No entanto, faço um alerta: em termos de PERCEPÇÃO de risco, o do elevador era bem sério. Talvez do mesmo tamanho, guardadas as devidas proporções. Os impactos da evolução tecnológica são como ondas. Primeiro uma marolinha. Depois vai crescendo e, de repente, BUMM….se transforma em um tsunami, irrefreável. Vence quem faz a leitura mais rápida do contexto e se integra as transformações. Quem não tem o mesmo comportamento, corre o risco da obsolescência, tal qual aconteceu com os ascensoristas. Fique ligado e não deixe essa onda lhe atingir sem que esteja atento. Por mais ameaçador que seja esse contexto, existem oportunidades incríveis ainda não mapeadas por todos. Ah, em muitos prédios públicos ainda encontramos ascensoristas. Que figura forte para ter uma visão geral da nossa sociedade, não é?

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