fbpx

Como aumentar a chance de sucesso de sua venda

06 fevereiro 2018

Você sabe qual o principal influenciador no processo de uma compra para qualquer cliente? Sua percepção de risco. Reflita comigo: o que é uma compra de impulso? É um comportamento que o cliente tem por não perceber qualquer risco naquela aquisição. Esse tema é muito sensível em se tratando de negócios realizados por startups. Como se trata de uma nova organização, sem histórico, a tendência é que seus prospects percebam muito mais risco em aderir a sua solução. Se você atua em uma startup, é imperativo que você tenha a visão dessa dinâmica para não incorrer em um erro muito comum em situações como essa: investir atabalhoadamente apenas na geração do lead. É necessário que você desenvolva iniciativas que tenham como principal objetivo aumentar o nível de consciência do cliente quanto ao valor que você entrega. Nesse sentido, as ações frias (cold mailing ou cold calling) devem ser utilizadas com muita parcimônia dentro de uma estratégia comercial mais estruturada. Aliás, estudos mostram que, no Brasil, a efetividade de uma abordagem fria ao cliente chega a não mais do que 2% de resultado. Muito pouco perto do risco de desgaste de sua imagem com formadores de opinião e prospects importantes para seu projeto. A solução definitiva passa por investir no planejamento da estratégia comercial antes de ir para a ação. Estudar o universo do cliente, seu processo decisório, seus problemas e ambições faz parte dessa missão. Mais vale menos interações com mais probabilidades de fechamento do que muitas interações aleatórias. Nunca confunda movimento com evolução.

Continuar Leitura

Instacart: O fantasma da Amazon e do Walmart

27 janeiro 2018

Em um mundo em ebulição como o nosso é fundamental estar atento à forma como você se nutre de conhecimento. Infelizmente, muita coisa relevante passa batido dos meios tradicionais de mídia no país e você corre o risco de ficar alijado de casos muito instigantes que são importantes para formação de seu repertório pessoal. A startup Instacart é um caso desses. Pouco conhecida no Brasil, praticamente ignorada pela mídia tradicional, a startup, fundada em 2012 por um ex-engenheiro da Amazon, atualmente, tem um valor de mercado de cerca de U$ 3,5 bilhões e assombra os principais players do mercado de varejo. O nome Instacart não tem nenhuma relação com o Instagram. A marca, na realidade, é a composição das palavras carrinho de supermercado (cart) com instantâneo (insta). Algo como “carrinho instantâneo”. Em síntese, trata-se de uma plataforma que já cobre quase todo território americano, onde o cliente pode selecionar digitalmente o supermercado desejado, montar e adquirir sua lista de compras e a receber em casa por meio de um “personal shopper”. Nessa etapa do processo, a startup se assemelha a um Uber de supermercados, na medida em que, reúne um cadastro de indivíduos que podem ser acionados na sua região de acordo com a demanda. A entrega acontece em até duas horas do pedido de acordo com o tipo de serviço adquirido (existem opções mais ou menos rápidas conforme o pagamento da taxa de entrega). Originalmente, a fonte de receita da startup era unicamente proveniente da taxa de entrega aliada a uma comissão paga pelo varejista. O sucesso do negócio é tão expressivo que hoje já atende mais de 66 milhões de domicílios americanos (52% do total de residências da região). Com isso, desenvolveu outra fonte de receita proveniente de anúncios da indústria que, cada vez mais, se aproximam da organização de olho nos seus milhões de clientes. Alguns analistas afirmam que o Instacart foi um dos principais motivadores da aquisição do Whole Foods pela Amazon. A tese é que a maior varejista do mundo necessita ter capilaridade física rapidamente para fazer frente a crescente cobertura e onipresença da startup nos lares americanos. Além disso, o Whole Foods tem um acordo de exclusividade com a plataforma sendo um de seus principais parceiros de negócios com uma pequena participação acionária. Com a movimentação a Amazon se transforma em acionista do Instacart. Curiosamente, o efeito inicial foi contrário. Assustados com o avanço da Amazon no varejo físico, varejistas tradicionais aceleraram seus acordos com a Instacart visando estruturar uma operação digital que fizesse frente a esse novo player sem a necessidade de investimentos vultuosos em tecnologia. Em entrevistas logo após o fechamento do negócio, Apoorva Mehta, CEO da startup, comentou que aumentou em 60% o numero de empresas que procuraram a companhia para participar da plataforma. Atualmente, são cerca de 170 varejistas. Nesse universo estão presente as 5 maiores cadeias de mercearias dos Estados Unidos. Em outro movimento recente, a Target adquiriu o controle da principal concorrente da Instacart, a startup Shipt por U$ 550 milhões. Os valores foram considerados altos por alguns analistas, porém a aquisição tem valor estratégico para um dos maiores varejistas do mundo que está de olho em como não perder a onda do digital. As principais preocupações, atualmente, do Walmart, a outrora maior varejista do mundo, mas ainda um conglomerado gigante que domina o setor, não é de seus competidores tradicionais como K-Mart, Costco dentre outros. Seu olhar está dirigido para o avança da Instacart e o estrago que essa empresa de pouco mais de 5 anos está fazendo no mercado. Esse é um movimento que ainda passo ao largo da visão geral de negócios no país. No Brasil, nos habituamos pouco a estudar e decifrar movimentos mercadológicos como esse que estão redefinindo as fronteiras de um dos segmentos mais tradicionais da economia: o varejo. É chover no molhado reiterar o processo de transformação que impactou outros setores tão pujantes como o Turismo, Transporte, Mídia dentre tantos outros. Não é chover no molhado, no entanto, reforçar a necessidade de nos atualizarmos e estudarmos os movimentos globais de transformação e refletirmos sobre seus impactos no nosso negócio. Dessa reflexão, certamente irão emergir oportunidades não mapeadas e riscos que podem levar seu negócio a exposição excessiva. O momento é de abandonar o comodismo e a convicção de que sabemos tudo sobre nosso negócio. É a hora de aprender a desaprender, adotando um comportamento de muita humildade e abertura perante a descoberta de novas soluções em um mundo que está em aberto. Acredite: não é uma “modinha”. A ruptura está presente aqui e agora. O caso do Instacart é só mais um que mostra sua força.   Ah, o fundador da empresa antes de dar essa tacada de mestre e se transformar em mais um bilionário do mundo das startups comenta que estima que falhou em cerca de 20 outros projetos antes de acertar a mão. Mais um sinal dos tempos…        

Continuar Leitura

A última Temporada do Game of Thrones já foi escrita. E não foi por um ser humano

17 janeiro 2018

Uma das minhas maiores frustrações em 2018 é saber que não poderei assistir a oitava e última temporada da série “Game of Thrones”. George Martin não dá conta da demanda e, ao que tudo indica, só conseguiremos acompanhar o desfecho de um dos maiores fenômenos da história do entretenimento em 2019. Pois Zack Thoutt, engenheiro de softwares americano, encontrou uma solução para ansiosos como eu e, por meio de redes neurais, desenvolveu um algoritmo que, alimentado por tudo que foi realizado sobre a série até agora, já produziu 5 capítulos da 8ª e última temporada da saga de Westeros. Se você ainda desconfia do alcance e impacto que a Inteligência Artificial está gerando no mundo, aconselho ficar atento e estudar com mais profundidade o fenômeno. O caso de “Game of Thrones” é só um exemplo do que está por vir. A onipresença da tecnologia não é uma utopia futurista. Está cada vez mais se evidenciando aqui e agora. Existem, no entanto, reflexões importantes que devem ser estimuladas acerca desse movimento. São inúmeras, mas quero me concentrar nesse artigo em uma que me instiga diariamente. Influenciado por essa experiência e outras similares que emergem diariamente, muitas vezes, somos instados a acreditar que os algoritmos são capazes de predizer tudo. Mas será que isso é uma verdade incondicional? Hummm…desconfio que não. Para não perdermos o fio da meada, vou continuar essa análise no mesmo contexto da série da HBO: entretenimento. Em 2017, Robert Downey Júnior foi convidado para estrelar o Homem de Ferro, primeira empreitada 100% da Marvel no cinema. O ator, que em seu auge concorreu ao Oscar por sua interpretação em Chaplin, não estava em boa fase e era mais conhecido na época por sua luta contra as drogas do que por atuações memoráveis. O convite era inusitado, pois filmes de super-heróis não estavam em evidência na época.  Diz à lenda que o ator relutou, porém aceitou participar desde que tivesse uma participação na receita gerada pelo projeto. O resto é história. Homem de Ferro foi um sucesso absoluto e faturou, apenas no primeiro dia de exibição, mais de U$ 30 milhões transformando-se em uma das franquias mais bem sucedidas da cinematografia mundial e o ator num dos maiores milionários de Hollywood. Só nos Estados Unidos o filme faturou mais de U$ 300 milhões. Mais representativo do que o sucesso inicial do filme de estreia, no entanto, foi o que veio a seguir. Homem de Ferro abriu a picada para a avalanche de filmes de super-heróis que assolou as telonas de forma avassaladora. Estima-se que em 2017, de cada 10 ingressos vendidos no ano em todo o mundo, 6 são de filmes sobre o tema. Esse gênero tem sido tão cultuado que especialistas calculam que, durante os 365 dias de um ano, apenas 4 ficam sem filmes desse tipo no ar. Incrível, não é? Será que um algoritmo teria conseguido prever todo esse êxito por meio de suas redes neurais e montanha de dados? Será que uma máquina teria a mesma intuição e percepção que tiveram os líderes da Marvel que, devido ao sucesso dessa visão, cresceu exponencialmente e foi vendida a Disney por cerca de U$ 4 bilhões? Especialistas são categóricos ao afirmar que chegará um ponto onde as máquinas conseguirão prever com exatidão tendências e perspectivas como essa. Confesso a você que tenho minhas dúvidas. E vou além: está claro que hoje isso não é possível. Existem limitações importantes na execução de atividades realizadas por máquinas e, nesse contexto, emergem oportunidades expressivas para indivíduos que conseguem se integrar as possibilidades provenientes da maior capacidade de processamento de informações geradas pela tecnologia atualmente. Os sistemas ainda não são infalíveis (e tenho dúvidas se um dia serão). Minha visão é que em um curto espaço de tempo teremos mais oportunidades do que ameaças no que se refere à substituição do homem pelas máquinas. Esse movimento não será homogêneo. Atividades humanas repetitivas, rotineiras já estão sendo aniquiladas. Aquelas que envolvem mais capacidade cognitiva, por mais paradoxal que possa parecer, geram alternativas poderosas de inserção de indivíduos que conseguem utilizar a tecnologia a seu favor. Estou convencido que estamos em uma Era de intensas oportunidades e alternativas de ação. O ser humano tem condições de protagonizar essa transformação e construir valor como nunca com sua ação. Para isso, é necessário romper as fronteiras que lhe distanciam da evolução tecnológica e entrar de cabeça nesse universo refletindo sobre todas as perspectivas que ele traz. Por mais que clichê que possa ser essa frase ela continua imbatível: em um ambiente em transformação, emergem oportunidades incríveis. É necessário estar preparado para aproveitá-las.   Ah, a oitava temporada do “Game of Thrones” de autoria do algoritmo apresenta algumas falhas grotescas como o fato do Ned Stark não ter morrido. Ainda prefiro o bom e velho George Martin mesmo que tenha de aguardar um pouco mais para os próximos capítulos. The Winner is coming! Será?

Continuar Leitura

19 / 59

PÁGINA