Já utilizei essa frase por aqui, mas, pessoalmente, sinto a necessidade de voltar ao tema. A despeito da conotação política da visão – tão adequada aos dias atuais, a propósito – quero trazer aqui o foco ao contexto que estou inserido atualmente.
Sou testemunha e agente de um ambiente onde está claro o desejo de centenas de milhares de pessoas protagonizarem suas vidas. Esse desejo não só está presente na busca por empreender um negócio próprio, mas também na busca por construir uma carreira que tenha significado, uma trajetória no meio acadêmico ou até mesmo no ambiente público. O que tem em comum todas essas histórias de vida é, justamente, a busca incessante pelo protagonismo, por assumir as rédeas de suas vidas. Enfim, a busca por fazer a diferença.
Inescapavelmente, um dos maiores obstáculos para assumir essa caminhada é o medo. O medo da mudança, o medo do novo, a insegurança de partir para uma jornada que se caracteriza, justamente, pela imprevisibilidade.
O medo faz parte da jornada e deve ser encarado de frente, olho no olho. Temos a tendência de refletir sobre o risco da mudança, porém, quase nunca consideramos o risco da não mudança.
Como estarei daqui a 10 anos sabendo que perdi as principais oportunidades da minha vida por insegurança? Estarei preparado para lidar com a convicção de que poderia fazer a diferença? E a certeza que estou me “vendendo” em troca de remuneração financeira e não investindo meus melhores esforços na busca daquilo que tem significado para minha vida, na busca de minha felicidade?
Em geral, essas questões não entram na análise e, paralisado pelo medo, muitas vezes, tomo a decisão considerando aquilo que enxergo hoje e não o potencial do que construirei no futuro. Sugiro fazermos uma guinada em nosso modelo mental adicionando a segurança do hoje a visão do amanhã.
Essa guinada representa uma mudança de filosofia. Uma filosofia pautada na certeza de que, se eu investir meus melhores esforços, trabalhando arduamente na concretização de um sonho, eu conseguirei atingir meu potencial de realização.
Fácil? De forma alguma. Talvez essa seja uma das questões e visões mais relevantes e estratégicas a serem desenvolvidas em nossas vidas, portanto, a complexidade é proporcional.
Não pense que estou falando em terceira pessoa. Não!! Estou escrevendo esse texto para mim mesmo, pois também convivo, diariamente, com esse paradigma que paralisa, petrifica, deixa tudo confuso e favorece o status quo, o lugar comum, a famosa zona de conforto.
O fato concreto, porém, é que se eu abdicar da busca pela minha realização corro o risco, como diz Voltaire, de acabar no futuro sem segurança e sem a liberdade que tanto almejo. A vida é feita de decisões. Reflita bem sobre as suas.
Bora buscar o que é nosso! #eusouGV