Uma das visões estratégicas que mais sofre transformações nessa Era de Transformações (ops...) é a dos Modelos de Negócios.
Há uma miríade de modelagens muito distintas da economia tradicional que, a princípio são alvo de incredulidade, porém com o tempo se provam como escolhas acertadas.
Google, Amazon e Facebook já foram alvos da desconfiança geral com seus Modelos de Negócios. Hoje estão entre as 5 empresas mais valiosas do mundo.
Essa semana, a Apple adquiriu por cerca de U$ 400 milhões o Shazam, aplicativo que começou sua trajetória identificando músicas por meio do seu áudio e, atualmente, faz o mesmo com programas de televisão, filmes e propagandas.
Sempre fui fã desse app que foi um dos pioneiros a aliar Inteligência Artificial com Big Data e apresenta uma acuracidade incrível. Tenho notado que ele identifica cada vez mais rapidamente as músicas desejadas. Basta um ou dois acordes e pronto. Lá está a identificação correta do som.
Minha dúvida, no entanto, sempre foi sobre como o Shazam iria gerar receita de forma consistente e crescente.
O movimento da Apple começa a elucidar a estratégia da startup, já que uma maior integração com a Apple Music e o ITunes pode render frutos muito promissores tanto no que se refere a popularização do streaming de áudio quanto na comercialização das músicas da plataforma de ecommerce.
A startup inglesa fundada em 1998, já passou da marca de 1 bilhão de downloads, conta com mais de 100 milhões de usuários em mais de 190 países e tem como sua principal fortaleza a presença no incrível universo dos smartphones.
A recente aquisição mexe ainda com outra startup estrelada de nossos tempos: o Spotify que, segundo fontes, está na eminência de fazer seu IPO.
O app de streaming de áudio já está integrado ao Shazam com quem tem uma parceria de geração de usuários, canal que pode secar de acordo com a evolução desse negócio, além de "ganhar" um concorrente mais fortalecido com essa união, a Apple Music.
Ah, outro parceiro do Shazam é o Google Play que tem investido para ser um player relevante nesse negócio.
Como você pode notar, existem inúmeras possibilidades de modelagem de negócios e geração de receitas consistentes e valiosas para o negócio que foge do padrão tradicional.
Como tenho insistido com frequência e é um dos temas de meu novo livro a ser lançado no início do ano: é necessário aprendermos a desaprender para estarmos mais aptos a absorver novos conhecimentos essenciais para esses novos tempos.
Nos desprendermos dos vícios de uma visão preconcebida é essencial para nos adaptarmos a um mundo em ebulição.
Desafiante, pois demanda muita humildade e coragem para nos lançarmos rumo ao desconhecido.
Essa nova lógica vale para qualquer um, viu?
Open your mind!!!