Sempre fui apaixonado por esportes. O futebol sempre me fascinou desde a infância e, logo cedo, me encantei pela posição de goleiro.
Como sou muito competitivo, não me contentei em apenas praticar o esporte e logo comecei a competir. Cheguei a jogar durante um ano no juvenil do Palmeiras, mas me dei conta que aquele mundo não era para mim.
A prática do esporte me fez aprender, as duras penas, uma lição que trago comigo até hoje: para ser um vencedor, é necessário aprender a perder.
Belo paradoxo, não é?
Apesar do romantismo da frase clichê, seu ensinamento é absolutamente prático e racional.
No começo minhas derrotas me desestabilizavam. Ficava mordido e caçava os culpados: o juiz, meus colegas de time, a torcida e assim por diante. Curiosamente, minha performance e responsabilidade raramente entravam na conta.
Com o amadurecimento, aprendi a entender que eu sou o protagonista das minhas escolhas. As derrotas acontecem e sempre irão acontecer. Ao delegar a derrota exclusivamente a fatores externos, sem me dar conta da parte que me cabe, me desempodero. O caminho para o vitimismo é inevitável.
É necessário respeitar a danada da derrota. Olhar dentro dos olhos dela sem medo nem rodeios. Conviver com seus efeitos e refletir sobre suas causas sem evitá-la.
Ao agir dessa forma, você conseguirá aprender com a queda e ser capaz de olhar adiante corrigindo as rotas e se fortalecer.
As derrotas nos deixam com o casco duro e, lá vai outro clichê dos bons, é por meio delas que alcanço as vitórias, pois elas funcionam como uma ponte.
É óbvio que não gosto de perder e não acredito que acostumar-se a derrota passivamente seja um caminho.
Adoro vencer e quando isso acontece agradeço minhas quedas, pois só por meio delas é que cheguei onde cheguei.
Menosprezar o aprendizado da perda de uma batalha não é inteligente. O grande barato é a caminhada, "o vento no rosto" como diz meu amigo Rony Meisler. Essa caminhada sempre será tortuosa, repleta de bons e (alguns) mal momentos.
Não perca nenhuma oportunidade em sua vida. Nem aquelas indesejadas.